O Vale do Caí é a região brasileira com maior desenvolvimento sócio/econômico e as melhores administrações municipais. Foi colonizado, predominantemente, por brasileiros de origem lusa a partir de 1740, e por imigrantes alemães, desde 1827. EDITORIAL: veja postagem 1410 TAMANHO DAS FOTOS: um clic sobre as fotos pode mudar seu tamanho.
sábado, 30 de janeiro de 2010
798 - Catástrofes na navegação caiense
797 - A época de ouro da navegação
Com a conclusão das obras da Barragem Rio Branco, em 1906, o movimento no porto de São Sebastião do Caí (e na cidade toda) tornou-se intenso.
796 - 1906 foi o grande ano da navegação
Com a construção da Barragem Rio Branco e ampliação do cais de São Sebastião do Caí, a navegação chegou ao seu apogeu
Foi somente no ano de 1906 que as obras da barragem Rio Branco e demais melhoramentos feitos no rio Caí ficaram prontos. Antes disto, os vapores (que eram barcos grandes) só chegavam ao porto de São Sebastião do Caí quando o rio estava cheio. Contava-se antigamente que numa ocasião de grande enchente um vapor que fazia a linha Caí-Porto Alegre conseguiu navegar até a localidade de Feliz. Se isto aconteceu, comenta Alceu Masson, foi uma única vez.
795 - A Barragem Rio Branco
A eclusa da barragem Rio Branco, primeiro mecanismo deste tipo construído no Brasil e, provavelmente, na América do Sul, tinham as seguintes medidas: 43 metros de comprimento de porta a porta, 8,6 metros de largura e 2,6 metros de altura na entrada.
quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
794 - Sobre o vapor Horizonte
793 - Floricultura no Pareci Novo
Conforme narra o padre Bruno Metzen, a vocação de Pareci Novo para o cultivo de flores surgiu do velho hábito dos colonos alemães, que plantavam muitas flores em torno de sua casa. De fato, muitas donas de casa - na zona colonial alemã - cultivam verdadeiros jardins botânicos em torno da casa, pelo puro prazer de enfeitar o lar da sua família.
792 - Onze irmãos Colling
Júlio José Colling, que era irmão do arcebispo Dom Cláudio Colling, foi proprietário de uma ferraria na localidade de Várzea do Pareci, no Pareci Novo.
Em ocasiões especiais, eles voltavam ao Pareci para visitar os pais e, por iniciativa do pai, formaram um time de futebol do qual seu Júlio era o treinador. O time ficou conhecido como 11 Irmãos Colling.
791 - Padre Bruno Metzen, SJ
terça-feira, 26 de janeiro de 2010
790 - As gasolinas eram movidas a querosene
Depois dos vapores, foram as gasolinas que dominaram as águas do rio Caí:
a da foto pertencia a Amando Dietrich
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Mesmo sendo menores do que os vapores e destinadas principalmente ao transporte de cargas, as gasolinas contavam com cozinha e dormitório. Nos dias em que eram forçados a pousar em Porto Alegre, os marinheiros (como eram mais conhecidos os navegantes da época) não podiam gastar dinheiro com hotel.
A principal mercadoria transportada pelo rio nos tempos da gasolina foi a laranja, como se pode ver na foto acima. Amando Dietrich, proprietário da gasolina Santa Cruz, seguiu o mesmo caminho da maioria dos proprietários dessas embarcações, ele trocou o barco pelo caminhão, que conseguia chegar até a propriedade do colono para coletar a mercadoria. Antes do caminhão, o colono levava suas laranjas em carreta de boi até o embarcadouro no rio Caí. Essa mudança ocorreu no início da década de 1950, quando foi concluido o asfalto entre São Sebastião do Caí e Porto Alegre. Haviam vários embarcadouros ao longo do rio. Acima de Montenegro, os principais atracadouros eram o Porto Pereira, Porto Maratá, Pareci e Caí, que foram perdendo o seu movimento com o tempo. Até a década de 1960, gasolinas ainda chegavam até o porto do Caí.
789 - Mecanismos de busca
O blog Histórias do Vale do Caí vai acumulando cada vez mais informações sobre a história do Vale do Caí. Com quase oitocentos textos postados, torna-se difícil percorrer todo o acervo quando se procura uma informação específica.
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
788 - O asfalto chegou ao Caí em 1959
787 - Obras que modificaram o Caí
sábado, 16 de janeiro de 2010
786 - A Câmara Municipal
Conforme pode ser constatado na postagem 314 deste blog, o primeiro prefeito caiese foi o Coronel Paulino Inácio Teixeira, que assumiu suas funções em 1891.
sábado, 9 de janeiro de 2010
785 - Por onde os italianos chegavam a Caxias
Foi em 1874, ainda nos tempos do imperador Dom Pedro II, que os primeiros colonos italianos chegaram ao Rio Grande do Sul. Eles vinham da região italiana do Vêneto (cuja capital é Veneza). Chegavam a Porto Alegre e depois, de barco, pelo rio Caí, iam para São Sebastião do Caí. Então um vilarejo perntencente ao município de São Leopoldo. Dali para diante seguiam até a região da serra gaúcha, onde o governo imperial brasileiro lhe reservara terrenos.
domingo, 3 de janeiro de 2010
784 - Passo do Matiel
sábado, 2 de janeiro de 2010
783 - A família Heck se encontra
Texto de Felipe Kuhn Braun
No segundo final de semana do ano de 2010, dias nove e dez de janeiro, foram os dias escolhidos para a família Heck realizar seu 16º encontro internacional,
As primeiras pesquisas históricas sobre nossa família foram feitas pelos padres Edgar e Alfonso Heck. Quando comecei a minha, no ano de 2001, os dois religiosos foram muito prestativos, me entregando na época, cópias de todo o seu material pesquisado. A eles devo meus sinceros agradecimentos e posso afirmar, com total convicção, que todo o vasto material compilado por mim durante todos esses anos, teve como base as pesquisas e como exemplo os esforços do Padre Edgar e do Padre Alfonso para preservar nossa história.
Os Heck que vieram para o Brasil, Johann Nikolaus, sua esposa Anna Maria Wolf e seus oito filhos, são originários de Dickenschied, no Hunsrück. Assim como boa parte dos habitantes dessa bela região ao sudoeste da Alemanha, os Heck habitaram Dickenschied após a guerra dos trinta anos, que teve seu término no ano de 1648. As raízes mais antigas dos Heck remontam ao bisavô do imigrante, Johannes Heck que nasceu em 1615 em Eifel, região do baixo Reno, na divisa com a Bélgica. Vários Heck de Dickenschied e região foram agricultores, cobradores de impostos e professores. Na Alemanha eles não formavam uma família tão numerosa, conforme se verifica avaliando as estatísticas da época. Os invernos eram rigorosos, os recursos escassos e, portanto, as famílias eram menores. Uma em cada três crianças morria antes de completar 5 anos.
O imigrante Heck era católico e casou com uma luterana (algo raro para a época), chamada Anna Maria Wolf. O casamento foi em Dickenschied no ano de 1809.
Anna Maria Wolf era natural de Womrath, um belo lugarejo vizinho a Dickenschied. Na década de 1960 foi escolhido como o vilarejo mais bonito da Alemanha. Estive em Womrath em janeiro de 2008 com Heinrich Augustin, professor e grande conhecedor da história da região, que escreveu um livro contando a história de Womrath. E o livro conta uma longa e rica história: de um antigo vilarejo no caminho dos romanos até se tornar a terra do santo Werner, cultuado como santo, mas nunca canonizado pela igreja. O lugarejo foi a terra de origem de emigrantes, entre os quais os Scherer que foram para os Estados Unidos, onde se tornaram ricos industriais e políticos. No século XX, a localidade foi o lar do pastor Paul Schneider, um dos maiores críticos, opositores ao nazismo; morto na segunda grande guerra. Nesse belo local, rico em histórias pessoais que se mesclam a histórias familiares e de nações, está a raiz da família de Anna Maria Wolf, que remonta ao século XVI, segundo pesquisas genealógicas feitas por Heinrich Augustin. Árvore genealógica que eu trouxe da Alemanha em 2008.
Ao visitar Womrath, o mais incrível para mim era estar em um lugar que é a raiz de milhares de descendentes de alemães no sul do Brasil.
782 - Os Heck - do Vale do Caí para o mundo
Texto de Felipe Kuhn Braun
Os Heck vieram para o Brasil no ano de 1827, chegando no Rio Grande do Sul em 16 de dezembro de 1827, e se estabeleceram
Em uma terra farta como o sul do Brasil, eles se dedicaram à agricultura, e o casal de imigrantes com seus sete filhos sobreviventes (um deles, Wilhelm, faleceu no navio e teve que ser jogado no mar) teve uma grande descendência.
No início do século XX, já eram mais de 1.500 descendentes. Os sete filhos de Johann Nikolaus Heck e Anna Maria Wolf deram ao casal 56 netos, 330 bisnetos e 1.100 trinetos. Apenas um desses 1.100 trinetos (meu bisavô Jacob Aloísio Heck de Bom Princípio) teve 12 filhos e teria hoje mais de 200 descendentes. O avô do padre Alfonso, João Heck Sobrinho que emigrou para a Argentina casou se duas vezes, teve 22 filhos, 96 netos e mais de 600 descendentes, diretos e indiretos.
Essa é a realidade de centenas de outras famílias alemãs que vieram para o sul do Brasil.
Localidades como São José do Hortêncio, já no começo do século passado, não tinham capacidade de abrigar tantas famílias. Aí começou a migração para outras regiões e vários dos netos do imigrante já não moravam
Seus trinetos, acompanhando a leva de migrações mais ao norte, transferiram residência para São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Hoje conseguimos encontrar e manter contatos com parentes
Em oito anos, consegui contabilizar cerca de 9 mil nomes de parentes, descendentes de Johann Nikolaus Heck e Anna Maria Wolf.
Outra curiosidade são os sobrenomes e a diversidade cultural nas famílias de descendentes Heck. O que é natural em um país como o nosso, nesse caldeirão étnico e cultural que formou esse belo país, chamado Brasil e abençoado por Deus. Embora de predominância católica, alguns descendentes pertencem a outras religiões devido a seus casamentos ou locais onde residem. Muitos também emigraram para outros países, temos descendentes dos Heck brasileiros morando na Argentina, Paraguai, Estados Unidos, Alemanha, Espanha, Inglaterra e Portugal.
Entre outras nacionalidades e etnias que entraram na família, estão judeus, húngaros, turcos, suecos, italianos, portugueses, espanhóis, índios e africanos.
Também chama atenção o número de religiosos na família que, entre irmãos, padres e freiras, ultrapassam 50 pessoas. E também o número de políticos. Os Heck já tiveram parentes administrando as cidades de Itapiranga, Tupandi, Três Passos, Ijuí, Cerro Largo, entre outras. Entre os tantos políticos, destacam se o ex-deputado e ex-prefeito de Ijuí por três mandatos, Valdir Heck; a ex-prefeita de Três Passos, deputada estadual e presidente do PSDB no Rio Grande do Sul, Zilá Hartmann Breitenbach, que integra o governo de Yeda Crusius no Estado e Selvino Heck, assessor especial do gabinete do presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva.
Johann Nikolaus Heck veio com sua esposa e seus oito filhos para um país na época desconhecido. Para um lugar no meio do mato onde ganhou algumas terras. Através da fé, da honestidade, do trabalho e da perseverança, educou a todos e fixou as raízes da família no sul do Brasil. Ele foi o patriarca de centenas de famílias e milhares de brasileiros espalhados pelos quatro cantos de nosso país e do mundo.
Em oito anos de pesquisas sobre essa família, visitando o Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Argentina e Alemanha, em busca de nossas raízes, fui recebido por muitas dessas famílias. Encontros muitas vezes únicos, onde conheci a pluralidade cultural, econômica, étnica e profissional dessa família.
Johann Nikolaus Heck e Anna Maria Wolf talvez não imaginassem que teriam milhares de descendentes de tamanha importância para esse país, assim como muitos de seus conterrâneos que em busca de um futuro melhor para suas famílias, enfrentaram o oceano, as dificuldades, os medos, as tristezas e as angústias e que estejam onde estiver foram verdadeiros heróis e os melhores exemplos para todos nós.
Seguramente Heck e sua esposa estariam muito orgulhosos se pudessem ver seus descendentes hoje e saber que todos os seus esforços em busca de um futuro melhor para sua família, não foram em vão.
781 - Campeões de acessos
sexta-feira, 1 de janeiro de 2010
780 - Fundação Rockefeller
Homem mais rico do mundo, Rockfeller era um filântropo e ajudou até a população do Vale do Caí
John David Rockefeller Nixon nasceu em 1839, em Richford, no estado de Nova York. Seus pais eram muito pobres, mas ele frequentou a escola. Foi aluno regular nas outras matérias, mas muito bom em matemática. O que o ajudou a alcançar a sua maior conquista: o primeiro emprego (job, em inglês). Isto aconteceu em 26 de setembro de 1865, na cidade de Clevelandm, quando ele tinha 16 anos. Foi um emprego de contador num estabelecimento comercial. Ele começava no trabalho às seis e meia e trabalhava, muitas vezes, até a noite. Rockefeller considerava que o trabalho mudou a sua vida para melhor. Por isto, todos os anos, comemorava a data de 26 de setembro como o seu jobday (dia do primeiro emprego). Depois de três anos como empregado, criou o seu próprio negócio e, mais tarde, criou a Standard Oil Company que veio a tornar-se a maior empresa petrolífera do mundo. Tornou-se o homem mais rico do mundo e o mais rico de todos os tempos. Sua fortuna, em valores atuais, chegou a 330 bilhões de dólares.