Em 1946, com apenas seis anos de idade, o menino Ellemer Juchem começou a trabalhar na oficina de bicicletas de seu pai, Plínio Juchem.
As bicicletas, naquela época, eram importadas da Europa. E durante a Guerra Mundial e nos primeiros anos seguintes a ela, tornou-se impossível importar bicicletas novas e peças de reposição. Com isto, o conserto se tornava difícil e muitas bicicletas, depois que estragavam, ficavam paradas, tornando-se um estorvo na casa dos seus donos.
Seu Plínio, então, começou a comprar e desmontar estas bicicletas para aproveitar as peças na sua oficina. Fazendo isto - e até fabricando peças - ele conseguia fazer o conserto de bicicletas que, de outro modo, ficariam inutilizadas.
Assim Seu Plínio fez a fama da sua oficina, que tornou-se a mais famosa da região. Quando voltou a importação de bicicletas novas, ele passou a vender bicicletas. Contando sempre com a ajuda do filho Ellemer.
A partir da compra de bicicletas velhas para o aproveitamento das peças, seu Plínio começou um outro negócio: a compra de móveis e objetos antigos. Ou seja, de antiguidades que ele revendia para pessoas ricas da cidade como objetos de decoração. Ellemer também o ajudava nestas tarefas e foi aprendendo.
Seu Plínio era um homem de muitos talentos, e muito trabalhador. E foi, inclusive, músico. Outra coisa que Ellemer aprendeu com ele, tornando-se um excelente bandeonista.
E outra exemplo do seu Plínio que seu filho Ellemer seguiu foi o de aplicar o dinheiro ganho nas fases boas em prédios comerciais para alugar.
Seguindo o exemplo do pai, Ellemer começou a sua vida assumindo a Casa das Bicicletas, em 1960, aos 20 anos de idade. Ao mesmo tempo, ele atuava como músico profissional e fazia também entrega de pão por boa parte do município, inclusive Capela e Portão que, na época, pertenciam ao Caí.
Com o tempo, na medida que seu pai se tornava mais velho, Ellemer foi assumindo, a venda de antiguidades. E todos estes negócios ele foi aperfeiçoando, inclusive com a construção de prédios adequados. Nos últimos anos, pensando já na sua aposentadoria, ele passou a construir prédios para alugar. Como foi o caso deste em que agora funciona o templo da Igreja Universal do Reino de Deus.
Ellemer sempre acreditou no progresso do Caí. Nunca investiu fora do município e nunca se arrependeu desta decisão. Ele também dá preferência aos profissionais da cidade e aos fornecedores locais. Só compra fora o que não encontra no Caí. Assim ele contribui para o progresso do município
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