domingo, 15 de agosto de 2010

917 - Padre Landell de Moura

O padre Landell Moura, realizava transmissões de rádio antes do italiano Marconi, mas os seus conterrâneos o consideravam louco

O conhecimento da incrível história do padre Landell de Moura tem especial interesse para a região do Vale do Caí porque ele tem suas origens na região. Mais precisamente, no município de Tupandi (ver postagem 459 - As origens de Tupandi).
Para resumir a empolgante história do padre genial, incompreendido na sua época, aproveitamos aqui matéria escrita por João D C Azzolin, disponível na web.

"No dia 30 de junho de 2008 transcorreu o octagésimo aniversário da morte do Padre-cientista ROBERTO LANDELL DE MOURA, gaúcho, nascido em Porto Alegre, numa casa de esquina da rua Bragança, hoje Marechal Floriano Peixoto, com a antiga Praça do Mercado, aos 21 de janeiro de 1861, tendo sido batizado, conjuntamente com sua irmã Rosa, a 19 de fevereiro de l863, na igreja do Rosário, que anos mais tarde viria a ser seu vigário. Landell de Moura era o quarto de quatorze irmãos, sendo seus pais o Sr. Inácio José Ferreira de Moura e Sara Mariana Landell de Moura, ambos descendentes de tradicionais famílias rio-grandenses, com ascendência inglesa.
Roberto Landell de Moura estudou com o pai as primeiras letras. Freqüentou a Escola Pública do Professor Hilário Ribeiro, no bairro da Azenha, a seguir entrou para o Colégio do Professor Fernando Ferreira Gomes. Com 11 anos, em 1872, estudou no Colégio Jesuíta de Nossa Senhora da Conceição, de São Leopoldo-RS, onde concluiu o curso de Humanidades. Após seguiu para o Rio de Janeiro, onde foi cursar a Escola Politécnica. Em companhia do seu irmão Guilherme, seguiu para Roma, matriculando-se ambos a 22 de março de 1878 no Colégio Pio Americano, após cursou a Universidade Gregoriana onde, em 28 de outubro de 1886, foi ordenado Padre.
Retornou ao Rio de Janeiro em 1886, residindo no Seminário São José e, neste mesmo ano, reza sua primeira missa na Igreja do Outeiro da Glória para Dom Pedro II e toda sua côrte. Em função disso, expôs suas idéias sobre transmissão do som e da imagem ao Imperador. Substituiu o coadjutor do capelão do Paço Imperial, mantendo, ainda, palestras de caráter científico com Dom Pedro II.
No dia 28 de fevereiro de 1887 foi nomeado capelão da Igreja do Bomfim e professor de História Universal no Seminário Episcopal de Porto Alegre. A 25 de março de 1891 foi conduzido a vigário, por um ano, na cidade de Uruguaiana-RS. Em 1892 é transferido para o Estado de São Paulo, onde foi vigário em Santos, Campinas e Santana e capelão do Colégio Santana. Em julho de 1901 partiu para os Estados Unidos da América do Norte. Retornou a São Paulo em 1905, dirigindo as Paróquias de Botucatu e Mogi das Cruzes. Em 1908 voltou ao Rio Grande do Sul onde dirigiu a Paróquia do Menino Deus e, em 1916, a Paróquia de Nossa Senhora do Rosário."


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