Fotos tiradas nos últimos 140 anos foram coletadas pelo jovem pesquisador Felip Kuhn
Prédios, livros, objetos e até relatos de pessoas idosas são perdidos por falta de quem os registre ou preserve.
Por isso é tão admirável o trabalho desenvolvido por Felipe Kuhn Braun. Nascido em Novo Hamburgo, há apenas 23 anos, ele vem estudando com afinco a história do Vale do Caí e dos Sinos. Região também conhecida como Colônia Velha, porque foi ali que se estabeleceram os primeiros (e a maioria) dos imigrantes que vieram da Almanha para o Brasil no século XIX. Berço desse importante, e impressionante, fenômeno que foi a colonização alemã no Rio Grande do Sul.
Grandes estudiosos, como o caiense Carlos Henrique Hunsche, o principiense Ruben Neis e o felizense Egídio Weissheimer já escreveram obras importantes, contando a saga dos pioneiros colonizadores e seus descendentes.
Causa surpresa, porém, o trabalho desenvolvido por Felipe Kuhn Braun, que se dedica à pesquisa sobre imigração desde a adolescência.
Começando aos 14 anos, ele concentrou-se, inicialmente, em colecionar fotos antigas. Trabalhou tanto nisso que conta atualmente com 14.700 fotos digitalizadas, todas obtidas junto a famílias da região colonial alemã. E, o que é melhor, ele vem intensificando esse trabalho, pois embora a sua coleta de fotos tenha começado há nove anos, a maior parte delas foram colhidas neste ano de 2010. Grande parte delas no Vale do Caí. A sua expectativa é de dobrar o acervo de fotos em dois anos.
Focado no aspecto visual, Felipe Kuhn está realizando um trabalho de resgate que já o coloca entre os mais importantes pesquisadores desse empreendimento formidável que foi a colonização alemã no Rio Grande do Sul.
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