Depois de passar pelo Avaí e pela Ponte Preta, Eduardo Martini jogou no Novo Hamburgo, que montou grande equipe para o ano do seu centenário |
Agora, no ano em que completa o seu centenário, o Novo Hamburgo comemora pretende comemorar a data em grande estilo.
Por isso, além de construir um novo estádio, fez grandes contratações. A intenção era montar um time forte para ter uma atuação destacada.
As coisas não andaram tão bem como queria a direção. Nem todos os contratados confirmaram a sua qualidade, o time não se encaixou, o time começou mal no Campeonato Gaúcho de 2011 e o prestigiado treinador Gilmar Iser foi demitido.
O que ajudou muito a recuperação do Novo Hamburgo, no ano do seu centerário, foi a extraordinária atuação do seu goleiro, Eduardo Martini. Desde que assumiu a posição, jogando quatro partidas pelo campeonato gaúcho, ele não havia tomado nenhum gol. O ataque continuava marcando poucos gols mas, mesmo assim, o time foi melhorando a sua posição na tabela e tinha alguma chance de se classificar para as quartas de final do primeiro turno.
O problema é que só havia mais uma partida para o término da fase e o Novo Hamburgo precisava vencer. O que não seria fácil, pois o adversário era o Grêmio, invicto no campeonato e líder da sua chave.
O jogo foi transmitido pelas emissoras de rádio e TV e os amigos e admiradores de Eduardo Martini, no Caí e na Feliz, puderam torcer por ele. Além de que o campo do Novo Hamburgo fica bem pertinho, encostado no bairro Scharlau, de São Leopoldo e era fácil ir lá assistir à partida.
Nascido na Feliz, mais exatamente na localidade de Escadinhas, Eduardo Martini morou no Caí durante a sua juventude, estudou nas escolas locais e jogou nas escolinhas de futebol do Esporte Clube Guarani, até se transferir para o Grêmio. Por isto os gremistas do Vale do Caí, mesmo torcendo pelo seu clube, torceram também por mais uma grande atuação de Eduardo Martini. Certamente um dos maiores jogadores de futebol já produzidos pela região. Pesquisa realizada naquela semana, entre jornalistas esportivos do estado, apontou Martini como o melhor goleiro do campeonato até aquele momento.
E aconteceu aquilo que poucos esperavam. O Grêmio, que estava há quatro meses sem perder uma partida, foi derrotado pelo Novo Hamburgo pelo placar de dois a zero. O ataque do Novo Hamburgo surpreendeu, marcando dois gols no goleiro gremista (Victor, da Seleção Brasileira) e Eduardo Martini fez grandes defesas, completando sua quinta partida sem levar gols. Antes de Martini assumir o gol do Novo Hamburgo, a equipe havia sofrido quatro gols em três partidas. Depois, foram cinco partidas, inclusive a contra o Grêmio, sem nenhum gol sofrido. O time que corria risco de ser rebaixado (o que seria um desastre no ano do centenário), quase se classificou para a segunda fase do turno (perdeu a quarta vaga para o Ypiranga, que tinha o mesmo número de pontos mas ganhou pelo critério do número de vitórias).
A boa fase vivida por Eduardo Martini compensa um pouco um sério revés sofrido por ele na sua carreira. Ao sair da Ponte Preta, de Campinas, time pelo qual atuou no ano passado, Martini acertou a sua ida para o Paraná, de Curitiba. Ao se apresentar ao clube, no começo do ano, descobriu que o “dirigente” que havia acertado a sua ida para o clube, na verdade, não existia. Ele havia sido vítima de um vigarista.
Inesperadamente sem clube, Martini acabou sendo contratado pelo Novo Hamburgo, que não se arrependeu do alto investimento feito para ter o grande goleiro no seu time.
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