Nascido em 1868, em Bom Princípio , João Heck Sobrinho era o filho mais velho de Jacob Heck e Catharina Noll. Seu pai era agricultor e moleiro na localidade de Arroio das Pedras, interior de Bom Princípio. Ele possuía moinho e fazia farinha de mandioca. Como a produção era grande, João era o braço direito do pai que também trabalhava com escravos, que moravam na propriedade da família.
Mesmo com a lei de 1850, que proibia alemães e seus descendentes de terem escravos, era comum encontrar famílias de muitas posses, comerciantes, moleiros e proprietários de extensas áreas de terras, possuindo escravos. A relação entre eles variava em cada família. João foi criado com os escravos do pai. Dois deles eram muito próximos e conheciam perfeitamente o idioma alemão.
Mesmo com a lei de 1850, que proibia alemães e seus descendentes de terem escravos, era comum encontrar famílias de muitas posses, comerciantes, moleiros e proprietários de extensas áreas de terras, possuindo escravos. A relação entre eles variava em cada família. João foi criado com os escravos do pai. Dois deles eram muito próximos e conheciam perfeitamente o idioma alemão.
João, que era conhecido como “Heck Hannes”, casou com Carolina Schneider em 1892. Nessa época ele ainda ajudava o pai no moinho, era agricultor e lecionava na pequena escola de Arroio das Pedras. Na colônia, quando não havia professor na localidade as pessoas com mais informação se dedicavam ao ensino, muitas vezes de forma gratuita.
João e Carolina tiveram 10 filhos. Quando nasceu a 11°, chamada Paula, Carolina faleceu depois do parto. Ele casou novamente com Paulina Junges e foi em Arroio das Pedras que nasceram os primeiros sete filhos do casal.
Em 1922, quando o pai já havia falecido e a mãe emigrado com três de suas irmãs para Cerro Largo, Heck também emigrou, porém, foi mais além do que todos eles. Viajou até as Misiones (Missões Argentinas, na época uma região de matas virgens, destino de muitos colonos alemães) e se estabeleceu em Mbopicuá.
Em 1922, quando o pai já havia falecido e a mãe emigrado com três de suas irmãs para Cerro Largo, Heck também emigrou, porém, foi mais além do que todos eles. Viajou até as Misiones (Missões Argentinas, na época uma região de matas virgens, destino de muitos colonos alemães) e se estabeleceu em Mbopicuá.
Lá nasceram mais quatro filhos. Ao todo, Heck teve 22 filhos. Quando Heck emigrou, alguns filhos já eram casados, mas apenas um permaneceu na região, em Montenegro, onde deixou descendentes. Para tirar a mata virgem da região, Heck fundou uma serraria com seus filhos e genros.
Em 1936 Heck teve apendicite, na época não era feita cirurgia, seus filhos o colocaram em uma maca e andaram quilômetros até o outro lado da divisa, no Paraguai, onde havia um médico. Diagnosticado o problema, o médico lhes disse que seu pai teria apenas 48 horas de vida. Heck faleceu em 28 de janeiro de 1936, aos 67 anos, 3 meses e 22 dias. Foi o primeiro a ser enterrado no cemitério de Mbopicuá, interior da localidade de Puerto Rico. Ali perto, junto com os filhos, ele havia construído uma capela de madeira anos antes, chamada de “Capilla de la Virgen de Mbopicuá”.
Seus 22 filhos lhe deram 96 netos e hoje são seus descendentes mais de 700 pessoas no Brasil, Argentina e Paraguai. Um dos mais conhecidos descendentes de Heck, é o Padre Alfonso Heck, que nasceu na Argentina, estudou na Itália e trabalhou na Alemanha com o papa Bento XVI, quando ele era Arcebispo de Munique e Freising, no final da década de 1970.
Texto de Felipe Kuhn Braun
Amigo, muito interessante o seu blog, sou estudante de História e estava navegando quando achei o artigo sobre a Real Feitoria de Linho Cânhamo e me senti na obrigação de fazer algumas recomendações de leitura que poderão elucidar questões importantes sobre a existência e extinção da feitoria em todo o Brasil.
ResponderExcluir_ http://www.koinonia.org.br/bdv/detalhes.asp?cod_artigo=149&cod_boletim=21
Artigo do Doutorando em História econômica pela USP Maxmiliano M. Menz - http://www.afroasia.ufba.br/pdf/afroasia32_pp139_158_FeitoriaLinho.pdf
_Se estiver com preguiça leia isso> http://dicionario.babylon.com/real_feitoria_do_linho_c%C3%A2nhamo/
_Se quiser ser um sujeito menos ignorante a cerca dos usos industriais do Cânhamo, leia isso:http://www.cabecaativa.com.br/content/afinal-e-canhamo-ou-maconha
XARA HECK. TAMBEM ME CHAMO JOÃO HECK, SOU FILHO DE LEO HECK FUNDADOR DE CASTELO DE SONHOS PA. SOU NETO DE JACOB HECK. COMO PODE QUE COISIDENCIA AMIGO OLHA ADOREI SUA HISTORIA, GRANDE ABRAÇO ME ADICIONA AI no msn. joaodocoyote arroba hot mail blz. abraço.
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