quarta-feira, 9 de março de 2011

1144 - Prisioneiros do Ritmo

O bloco, com vestimentas árabes, no carnaval de 1969
Identificação: Começando pelos homens: bem no alto da foto, ao fundo, Zé Gordo e o Alceu Foguinho. Depois, sozinho à esquerda, Braz de Paula, Tânia Rangel e as demais mulheres, que são difíceis de identificar, devido ao véu que lhes cobria parte do rosto. 
Na fileira logo abaixo, Telmo Griebler, Fernando Carvalho, Francisco Wulf, (            ), Dilson Flores, Dante Rosmanini, Sebastião Flores, Ivo Weisheimer - Badanha, Adail Rossetti, Airton de Souza - Maninho, Maurício Schlindwein; Primeira fila de gachados:Sérgo Klein,  (         ) e (              ).
Na fileira mais de baixo, Lauro Branco, Joir Silva, Antônio Selegar, Iguatemi Lúcio Moreira, Maurélio Rosmanini, Carlos Wulf, Paulo Rosmanini,  Paulo Ricardo Klein e  Frederico Klein. O trio bem da frente: João Carlos Pooter, Valtoir Rossti - Vato e Alceu de Paula. 
Entre as mulheres do grupo, estão Liberaci de Paula, Orlandina e Isabel de Paula, Tânia Rangel e Tânia da Silva, Olésia Flores, Maria Helena Dewes. 


No ano de 1964, o primeiro do bloco, a fantasia escolhida foi a de cubanos
Identificação: homens de pé: Maurício Schlindwein, Lauro Branco, Frederico Klein, Décio Frozi, Cláudio Diesel, (                     ), Vasco Dewes, Ivo Weissheimer (Badanha), Aldo Ramirez, Tadeu Reis, Waltoir Rossetti (Vato), Adail Rosetti.
Mulheres: Adeli Klein, Margarida Klein, Neide Rossetti, Maria Helena Dewes, Maria Otília Peters, Celi Petersen, Deli Frozi, Sigrid  T (?), Isabel de Paula.
Homens agachados: Léo Klein (prefeito caiense, aos 14 aos, aparece só metade do rosto), Iguatemi Lúcio Moreira, Ataíde da Silva, Carlos Wulf, Braz de Paula, Eduani Dewes,  Joir da Silva, Alceu de Paula, Rui Klein, (                 ).

Clique sobre as fotos para ver melhor
A Sociedade União, do bairro caiense da Vila Rica, foi muito importante ao longo de grande parte do século XX. Eram famosos os seus bailes de carnaval. Nos anos 60 e 70, foi grande o sucesso do seu bloco carnavalesco, que se chamava Prisioneiros do Ritmo. Antes do surgimento do bloco já havia um cordão carnavalesco formado por sócios do Poeira. Eles entravam no salão ao toque da marchinha da Turma do Funil. O que serviu para dar o mesmo nome ao cordão. Mas era tudo muito simples e improvisado.
O bloco surgiu em 1964, inspirado num bloco de Sapucaia, que se apresentou num carnaval do Caí e que chamou a atenção porque os seus componentes tocavam instrumentos musicais, além de simplesmente cantar as marchinhas carnavalescas. O nome desse bloco era Prisioneiros de Momo, o que deu inspiração para o nome do bloco caiense: Prisioneiros do Ritmo.
A partir desse exemplo, alguns entusiastas, como Lauro Branco e os irmãos Vato e Adail Rossetti, reuniram os amigos e criaram o bloco. Alguns dos instrumentos foram fabricados pelos próprios componentes do bloco, com apoio técnico do seu Jacinto Rossetti, dono da Madeireira Rossetti e seus filhos Adail e Valdoir Rossetti. Os grandes tambores, que os integrantes do bloco chamavam de cubanos, chocalhos e outros instrumentos foram fabricados na madeireira. O grupo, ao longo de toda a sua existência, sempre fez promoções que serviaram para a angariar recursos para instrumentos e fantasias.
O Prisioneiros do Ritmo era convidado a participar do carnaval em outras cidades, como Sapucaia, Caxias do Sul, Esteio, Harmonia, Feliz e também Lajeado, onde o bloco caiense sagrou-se campeão do carnaval de rua.
O carnaval de rua acontecia também no Caí, criando-se uma forte rivalidade entre o bloco do Poeira e o do Chube Aliança, que chamava-se Escravos do Luar.
Na Feliz, o bloco era sempre convidado a participar do carnaval de salão (que acontecia num salão próximo à Estação Rodoviária).
O bloco era constituído principalmente por casais. Inicialmente predominavam casais de namorados. Mas, na medida que os componentes iam casando, muitos permaneceram no bloco. No final, era mais um bloco de casados.
Alguns solteiros também participavam e, inclusive, alguns garotos menores de idade. Alguém no bloco se responsabilizava por eles. Esse foi o caso do depois prefeito Léo Klein e também de Eduani Dewes que, certa feita, pregou um grande susto nos colegas. Ao fim do baile, quando o pessoal se preparava para a volta ao Caí, ele foi para o ônibus na frente. Sentou no banco do motorista e mexeu na alavanca de mudança. Como o ônibus estava numa decida, começou a se deslocar em direção à ladeira que o levaria em direção ao rio Caí. Felizmente, integrantes adultos do grupo perceberam o problema a tempo e evitaram o desastre.
Afora pequenos sustos como esse, o bloco deixou muitas lembranças felizes e só deixou de existir quando aconteceu o incêndio na Sociedade União, acabando com a entidade e com o bloco. Isso aconteceu em 1982.

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