segunda-feira, 13 de junho de 2011

1198 - Emancipação de Nova Petrópolis

Hoje, a cidade é um dos mais badalados pontos de atração turística do estado
O site RS Virtual contém o seguinte relato sobre a criação do município de Nova Petrópolis

A construção da BR-116 em 1939/40 e seu asfaltamento nos anos 50, bem como a construção da RS-235 e seu asfaltamento imediato, marcaram a transformação definitiva do que era a antiga "Colônia Provincial de Nova Petrópolis". 

As comunicações tornaram-se rápidas e eficientes e toda a região colonial integrou-se rapidamente na comunidade gaúcha.

Nos anos 50 amadureceram diversos projetos que haveriam de marcar profundamente a região. O primeiro deles foi a iniciativa pioneira de criar um curso ginasial em plena zona rural: o Ginásio Bom Pastor, em Linha Brasil.

Ao mesmo tempo surgiu a idéia da emancipação de Nova Petrópolis, que era o 3o. Distrito de São Sebastião do Caí. O movimento emancipacionista foi precipitado pelo fato de que Gramado desejava emancipar-se de Taquara e, para garantir a população necessária, propôs anexar Linha Araripe, Linha Brasil e Linha Imperial.

O próprio município de Caí incentivou, de início, a emancipação de seu 3o. Distrito.

A lei que reconheceu a emancipação de Nova Petrópolis, foi assinada em 15 de dezembro de 1954. Em 28 de fevereiro de 1955 ocorreu a instalação do município.

O novo município procurou organizar-se da melhor forma possível dentro das crises econômicas e institucionais que o Brasil atravessava naquela época. O primeiro prefeito, Lino Grings, procurou superar as dificuldades inerentes à emancipação de Nova Petrópolis à situação, implantando a administração municipal e estabelecendo as metas que deveriam ser seguidas posteriormente.

No setor cultural as peocupações foram grandes: as antigas escolas comunitárias que haviam sido extintas pela "nacionalização" (na época da Segunda Guerra Mundial) estavam fazendo falta. A municipalidade procurou reativá-las, assumindo diretamente o ensino rural, sem descaracterizar o sistema tradicional, mantendo a "Comunidade Escolar" ativa junto aos professores que passaram a ser pagos pelo município. Foram sendo restabelecidas as antigas sociedades que haviam sido fechadas e aos poucos a Colônia foi reencontrando sua identidade cultural.

A eletrificação rural recebeu um impulso decisivo, levando-se os benefícios da eletricidade a grande parte do município. Abriram-se também novas estradas rurais procurando ligar todas as comunidades entre si.

A urbanização também não foi descuidada, criou-se o Plano Diretor, que fixou as formas do desenvolvimento da sede municipal. Em 1958, quando a comunidade inteira comemorou o Primeiro Centenário da Colonização de Nova Petrópolis, o Município já apresentava as características que haveriam de destacá-lo futuramente no contexto das comunidades gaúchas.

(O texto acima foi extraído do livro "Contribuição para a história de Nova Petrópolis", produzido por Erica Hoffmann, Gessy Deppe, Irmgard Schuch, Ladi Senger, Renato Urbano Seibt e Wemo Wommer; e editado em 1988 pela Prefeitura Municipal de Nova Petrópolis).

Um comentário:

  1. Morei um tempo em Caxias do Sul e passei várias vezes por esse casarão da foto, na época (2008/2009), parecia abandonado. Gostaria muito de saber qual é a história dele? Tathiana.

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