Depois de passar por dois transplantes, um de fígado e outro de rim, Laubin segue sua vida ativo e otimista |
Depois, com mais idade, voltou a jogar nas equipes montenegrinas, ao mesmo tempo que desenvolvia carreira como vendedor e gerente de lojas. Foi duas vezes gerente da loja CR Mentz no Caí, o que fez com que ele passasse a residir na cidade. Até que no ano de 1997, sentindo-se mal, descobriu que estava gravemente doente. Sofria de hepatite C e o seu fígado estava seriamente comprometido. A única chance de sobreviver, para ele, seria a realização de um transplante de fígado.
Como sempre acontece nestes casos, Laubin sofreu a angustiante espera por uma doação.
Com a demora na fila do transplante, ficou muito debilitado. Chegou ao ponto em que ele teve de permanecer no hospital, sob constantes cuidados, sem condições de voltar para casa.
Até que surgiu um doador e, no dia 24 de março de 1998, o seu transplante foi realizado.
Começava para ele uma segunda fase de vida. Ele teve sempre de fazer tratamento, principalmente com o uso de remédios. Principalmente os imuno-supressores, remédios que evitam a rejeição do órgão transplantado, mas que causam sérios efeitos colaterais.
Mesmo assim, Laubin pôde viver uma vida normal e produtiva. Morando no Caí, ele teve papel de destaque nas duas administrações do prefeito Léo Klein.
Mas os seus rins sofreram muito com o prolongado uso de remédios. Há dois anos, em 2009, a deterioração dos seus rins chegou ao ponto em que não havia mais retorno. Para continuar vivo, Laubin dependia de um novo transplante. Desta vez de rim.
Novamente ele passou pela aflição da espera por um doador e, enquanto isto, o seu estado de saúde ia ficando cada vez mais prejudicado.
Até que, no dia 24 de maio deste ano, ele teve a felicidade de ter a sua vida salva, mais uma vez, pelo transplante.
Entre o primeiro e o segundo transplante, passaram- se 13 anos e dois meses. Na época do primeiro, uma cirurgia de transplante levava de 12 a 24 horas. Hoje, de quatro a seis.
Hoje, apesar do tratamento necessário depois da cirurgia, ele voltou para a sua casa e a sua vida vai voltando à normalidade. Para ele, é como se voltasse - outra vez - à vida. Como se ele tivesse nascido de novo.
Por isso, Laubin costuma dizer que ele comemora seu aniversário em três dias do ano.
No dia do seu nascimento em Montenegro (21 de fevereiro), no dia em que ele voltou à vida pela primeira vez, na sala de cirurgia (24 de março), e no dia do seu segundo transplante (24 de maio).
Laubin teria direito a ganhar presentes três vezes por ano. Mas, para ele, o maior presente é aquele que já ganhou três vezes: a felicidade de estar vivo. Uma dádiva que as pessoas geralmente não valorizam, mas que ele - como poucos - sabe o valor que tem.
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