quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

1287 - Morte na ponte estreita do Matiel

O veículo só foi retirado do local no dia seguinte ao acidente, com a ajuda de um guindaste
As pontes estreitas do Matiel, na divisa entre o Caí e Pareci Novo, foram palco de mais um grave acidente no final da tarde de domingo. Desta vez, resultando na morte de uma pessoa.
Por volta de seis horas da tarde, o comerciante Adolário Schussller, popularmente conhecido como Gamarra, passava pelo local, indo em direção ao Caí. Acompanhado de sua esposa Cleunice Terezinha Mignoni, ele dirigia um potente Jeep Troller e  colidiu com a mureta da ponte. Com o impacto, o muro de concreto foi destruído, caindo junto com o veículo e seus dois ocupantes. 
Depois de bater no barranco lateral, o jeep rolou uma ladeira, batendo em várias árvores, até chegar à parte mais baixa do terreno. Pedaços do veículo, inclusive a capota, foram sendo arrancadas da carroceria e ficaram esparramadas pelo local. Por fim, o jeep ficou caído, de rodas para o alto, no ponto mais baixo do terreno, bem abaixo do ponto em que o carro bateu contra a amureta e a destruiu. A diferença de altura entre os dois pontos é de 12,5 metros.
A “ponte” em questão é, na verdade, uma galeria, pois não passa nenhum rio ou arroio por baixo dela. Foi construída apenas para permitir a passagem das águas do rio quando ocorrem enchentes. 
Gamarra, que tinha 42 anos, morreu no local e seu corpo ficou jogado ao lado do jeep. Quando os bombeiros chegaram ao local, encontraram Cleunice viva, mas inconsciente. Ela estava deitada ao lado do marido. Perto deles a cadelinha do casal, chamada Nina, estava sentada, olhando calmamente para seus amigos humanos. Imaginava, talvez, que eles estivessem apenas dormindo.
Cleunice foi socorrida pelos bombeiros, que tiveram de fazer uma difícil escalada, a levando em uma maca. Seu estado parecia grave e ela foi conduzida, por uma ambulância do SAMU, para o hospital do Caí e, em seguida, para o HPS, em Canoas.
CAUSAS
Pelas marcas deixadas na pista, o veículo freou bruscamente e desviou-se para a direita, atingindo e derrubando a amureta. A potência e tamanho do jeep explicam o fato da amureta não haver resistido ao impacto. Pessoas experientes, inclusive policiais rodoviários presentes ao local consideram provável que um outro veículo tenha entrado na ponte no sentido oposto e, como a ponte é estreita, Gamarra foi obrigado a desviar para evitar o choque frontal. Se foi isso, o acidente foi motivado pelo absurdo das três pontes serem estreitas, impossibilitando o cruzamento de veículos. Elas foram construídas em 1970, quando não se imaginava que o fluxo de veículos no local pudesse chegar ao que é hoje.
O trânsito no local do acidente ficou interrompido até o início da noite, só sendo liberado após a retirada do corpo. O que obrigou os motoristas a fazer grandes desvios, por Tupandi ou por Rincão do Cascalho (Portão).

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