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A Ponte de Ferro, em 1930, chamava atenção por ser uma grande obra:
era a única que existia sobre o rio Caí, naquela época |
Apaixonado por fotografias, Paul Karohl registrou centenas de paisagens e cenas durante a sua permanência no Caí, pelo ano de 1930. E não ficou limitado à cidade em que morou por algum tempo. Percorreu também o Vale tirando fotos como essa, da ponte de ferro da Feliz. Na época, a estrada não era asfaltada e, note-se, as barrancas do rio eram desmatadas, assim como acontecia com as encostas dos morros. Vivia-se numa época em que a consciência ecológica era mínima e mato era uma palavra com sentido negativo: algo que existe em excesso, atrapalha e não tem valor.
A ponte de ferro de feliz já existia na Europa. Foi comprada de segunda mão, desmontada e trazida para o Brasil de navio. De Porto Alegre as peças devem ter sido levadas num vapor até o porto do Caí e, dali até o lugar onde está hoje (junto ao centro da cidade de Feliz) foi transportada em carretas de boi pela Estrada Visconde de Rio Branco. Ela foi feita pela iniciativa privada e os empreendedores dessa obra tiveram direito à cobrança de pedágio por algumas décadas.
Foto do acervo de Paul Karohl, disponibilizada por Rubem Schneider
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