terça-feira, 28 de maio de 2013

2.051 - Da era do vapor para a das gasolinas

Uma gasolina e um vapor lada a lado, no início da rua Pinheiro Machado
O ano de 1928 faz parte da fase de transição entre as duas mais importantes fases da navegação fluvial: a dos vapores e a das gasolinas.
Este prédio - que ainda existe no início da rua Pinheiro Machado, perto da antiga barca - foi um importante estabelecimento comercial pertencente a Otto Feix. O seu andar térreo, entretanto, fica num lugar muito baixo e sujeito a enchentes.
Existem outras fotos mostrando barcos ancorados nesse local por ocasião de uma enchente. 
É bem possível que os estoques da casa comercial eram transferidos para um barco enquanto o andar térreo ficava submerso, para não serem danificados. Ou então, os barcos ancoravam ali por ser um lugar menos exposto à correnteza.
No século XIX eram os vapores que navegavam pelo rio Cai. Eles eram barcos de carga e de passageiros. Faziam todo o transporte, numa época em que não havia estrada transitável ligando o Caí a Porto Alegre. Nas primeiras décadas do século XX, juntamente com a vinda dos trens e dos ônibus para a região, surgiram as gasolinas. Como os barcos perderam a competitividade frente aos trens e ônibus, as gasolinas eram utilizadas predominantemente para o transporte de cargas. 
O golpe de morte para a navegação até o porto do Caí foi dado com o asfaltamento da RS-122, pelo ano de 1958. Mas já na década de 1940 a navegação sofria decadência e o governo deixava de investir na conservação da Barragem Rio Branco e na dragagem do rio.

Foto divulgada na internet por PabloSane Henz

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