Plantada às margens do rio Caí, Feliz venceu
dificuldades e é, hoje, um dos melhores municípios do país
(Se as letrinhas atrapalharem, clique sobre a foto)
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Feliz é mais antiga do que o Caí. A localidade começou a formar-se em 1846, quando o governo imperial destinou uma grande área de terras, coberta de mata virgem, para ali implantar um novo núcleo de colonização.
Foram destinados a ela filhos de imigrantes de São José do Hortêncio e outras localidades colonizadas por alemães duas décadas antes. E também receberam lotes novos imigrantes que chegavam da Alemanha naquele ano.
Com isso o núcleo ganhou logo uma razoável população, enquanto que no Caí o que havia era apenas algumas estâncias, de grandes proprietários, com população reduzida. Mas o Caí cresceu porque até lá era mais fácil chegar de barco, pelo rio Caí.
Chegavam até barcos grandes, quando o rio estava cheio e isso fez com que a cidade fosse escolhida para sediar um grande município, que se estendia pelo Vale, chegando até o alto da Serra. Uma área na qual, naquela época, viviam mais índios do que homens brancos.
Por isso o Caí cresceu e Feliz ficou dependente dele. A vila se desenvolveu, ganhou um hospital, algumas indústrias, belas igrejas e teve rica produção rural. Mas continuou dependente do Caí, o que inibiu o seu desenvolvimento.
Até que, em 1959, um grupo de líderes locais mobilizou a população, enfrentou o desafio e conseguiu a emancipação.
Uma vez criado o município, ele logo desenvolveu-se. Surgiram indústrias, foi erguido o invejável prédio da prefeitura, a cidade cresceu.
Boas administrações municipais valorizaram a educação e incentivaram a produção, resultando daí que, na década de 1990, Feliz já era apontado como município brasileiro com melhores índices de qualidade de vida.
Depois disso veio uma grande crise. Quase ao mesmo tempo, fecharam as três maiores indústrias locais. Mas os felizenses mostraram que um povo que estuda e que trabalha, não há crise que o abata. E hoje, novamente, Feliz é apontado como exemplo para o país.
Parabéns à Feliz e a todos os felizenses que, com o seu suor e inteligência, conseguem fazer um município tão admirável.
Foram muitas as dificuldades. Ao se estabelecerem no meio da selva, os primeiros colonos sofreram ataques de índios e de animais selvagens. Modernamente, o fechamento das principais indústrias abalou a economia. Mas nada disso impediu os felizenses de fazer o seu município ser, hoje, um dos melhores do país.
Matéria publicada no Jornal Fato Novo em 1º de Junho de 2013
Foto de Rodrigo Ströher premiada no concurso Clic Feliz
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