quarta-feira, 26 de junho de 2013

2208 - O rádio capelinha de Hans Geswwein

Um rádio capelinha, pertencente ao dono da loja Liberty

Esse  rádio capelinha pertenceu a Hans Heswwein que,  nos anos 40, tinha uma barbearia e depois montou a Casa Liiberty, loja de calçados situada na rua Ramiro Barcelos, ao lado da casa do doutor Paulo Ribeiro Campos (depois sede Banrisul), próxima à praça Rui Barbosa.
Os rádios Capelinha eram constituídos de válvulas e peças metálicas revestidas por uma caixa de madeira. Muitos deles tinham a sua parte superior arredondada. Tinham a aparência de uma capelinha (caixa de madeira contendo uma santa que, até hoje, nas comunidades católicas, é levada até a casa dos fiéis, ficando lá por um período e sendo depois levada à residência de outro membro da comunidade). Por isso ganharam esse nome.
Antigamente existiam também as galenas que eram rádios muito simplificados, que as pessoas conseguiam montar, com poucas peças e que permitia ouvir uma emissora de rádio, sem muita regulagem de volume ou facilidade para trocar de emissora.
Antigamente, pelo fato de não existir a enorme quantidade de emissoras de hoje em dia, era possível sintonizar emissoras da Europa, Estados Unidos e, principalmente, as da Argentina, que fizeram muito sucesso na era de ouro do tango.
Nas colônias alemã e italiana os descendentes de imigrantes ouviam muito as rádios da Alemanha e Itália. No tempo da Segunda Guerra Mundial, muitos desses rádios foram apreendidos pela polícia, pois escutar essas emissoras (que faziam propaganda de guerra) era considerado uma traição, já que o Brasil estava em guerra contra esses países.

Foto do acervo de Romélio Oliveira

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