Vitral da igreja católica de São José do Hortêncio |
Do referido livro de atas queremos ainda citar alguns registros. Como modelo de como se celebravam contratos nos velhos bons tempos, segue um “contrato” sobre a construção do primeiro altar. O contrato foi redigido por Mathias Martini, que por muitos anos seguidos foi o tesoureiro da igreja, confirmado pelo próprio Bispo em 1861. Seu mandato se destacou principalmente pelo seu cuidado com a contabilidade, graças à qual ainda hoje podemos recorrer a valiosos registros. O citado contrato tem a seguinte redação:
Contrato
Hoje, aos vinte e sete de outubro de um mil, oitocentos e quarenta e cinco, os presbíteros infra-assinados, os quais presidem a Picada de Rio de Kathea, ou seja, Michael Junges e Jakob Reichert e Chistoffel Walter e Mathias Simon e Peter Henz e Johan Arenhart, assim como também os demais membros da igreja que esta subscrevem, estabelecem o seguinte:
Contrato
Hoje, aos vinte e sete de outubro de um mil, oitocentos e quarenta e cinco, os presbíteros infra-assinados, os quais presidem a Picada de Rio de Kathea, ou seja, Michael Junges e Jakob Reichert e Chistoffel Walter e Mathias Simon e Peter Henz e Johan Arenhart, assim como também os demais membros da igreja que esta subscrevem, estabelecem o seguinte:
Contratam a construção de um Altar com as seguintes características: 1°: um pedestal duplo ou piso; 2°: paredes frontal, lateral e dos fundos, com saída, 3°: Uma mesinha com adorno e moldura; 4°: o primeiro andar com tabernáculo e quatro colunas; 5°: o segundo andar também com quatro colunas e o terceiro e último com uma soldadura e preparo para um Santo e acima disso a figura de uma coroa e de uma pequena cruz, acompanhando tudo também de um banco para celebrantes, além de quatro cadeiras, para as quais o D. Tesoureiro Mathias Martini pagará a quantia em dinheiro de trezentos e cinquenta mil réis em moeda corrente, para a qual os presbíteros garantiram que será integralmente suportada pela comunidade, além dos materiais e tudo o que for necessário. O citado Mathias Martini não terá que dar contribuição alguma além do trabalho que prestará, obrigando-se também a entregar tudo com a adequada pintura, tudo às suas expensas. De tal modo, citado documento foi constituído e lido em ata voz a todos os presentes pelos referidos presbíteros, sendo expedido em duas vias, no dia, mês e ano acima já citados pelo D. T. Mathias Martini. O carpinteiro Mathias Martini assumiu a promessa de que dentro de um ano a partir da presente data, ou seja, 27 de outubro, entregará a obra pronta.
O mestre carpinteiro Mathias Martini
Michale Junges Petter Henz
Mathias Simon Christoph Walter
Johann Arenhart
EXTRAÍDO DO LIVRO DA FAMÍLIA, TRADUZIDO DO ALEMÃO
COLABORAÇÃO: Hari Narciso Klein
Foto Jacson Hartmann
COLABORAÇÃO: Hari Narciso Klein
Foto Jacson Hartmann
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