Bois cangados foram usados para ajudar o carro do Doutor na travessia do arroio em dia de enchente |
O Doutor Cassel era natural de Santa Maria, estudou medicina em Porto Alegre e estabeleceu-se no Caí em 1932, quando ainda era bem novo. No início, não tinha clientela suficiente na pequena São Sebastião do Caí e fazia atendimentos pelo interior, andando a cavalo. Mais tarde passou a usar o trabalho de taxistas caienses e, mais tarde ainda, chegou a usar o seu próprio carro. Enfrentou grandes problemas nas péssimas estradas daquela época, mas fez muitas amizades.
Exemplo disso aconteceu na longínqua localidade de Forqueta Baixa, que fica adiante de Vale Real. Hoje se chega lá em pouco menos de uma hora, por estradas asfaltadas. Na época, para chegar na Forqueta, com as estradas (e carros) precários que existiam então, era necessário muito tempo e esforço.
Mas, naquele dia, apesar do tempo chuvoso, o Doutor não podia deixar de atender o convite para a festa de batismo da filha do comerciante Bruno Barcarolo. Afinal, ele fora convidado a ser o padrinho da filha do comerciante, que ganhou o nome de Glória.
No caminho, o doutor teve de atravessar um arroio que cortava a estrada. Não havia bueiro nem ponte e o arroio estava cheio, por causa das chuvas. O jeito foi apelar para um morador vizinho, que já estava acostumado a prestar esse tipo de socorro em ocasiões como essa. E, de certo, ganhava alguma gorjeta pelo relevante serviço prestado. Do doutor, quem sabe, ele nem cobrava: puxar o carro até o lado do arroio com uma junta de bois cangados.
A menina Glória, é a grande educadora Glorinha Gauer, viúva de Izidoro Gauer e uma das grandes responsáveis pela implantação da escola técnica federal que hoje existe na Feliz.
Foto do acervo de Izidoro Gauer disponibilizada no Facebook
por Haiderose Gauer
No caminho, o doutor teve de atravessar um arroio que cortava a estrada. Não havia bueiro nem ponte e o arroio estava cheio, por causa das chuvas. O jeito foi apelar para um morador vizinho, que já estava acostumado a prestar esse tipo de socorro em ocasiões como essa. E, de certo, ganhava alguma gorjeta pelo relevante serviço prestado. Do doutor, quem sabe, ele nem cobrava: puxar o carro até o lado do arroio com uma junta de bois cangados.
A menina Glória, é a grande educadora Glorinha Gauer, viúva de Izidoro Gauer e uma das grandes responsáveis pela implantação da escola técnica federal que hoje existe na Feliz.
Foto do acervo de Izidoro Gauer disponibilizada no Facebook
por Haiderose Gauer
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