domingo, 25 de agosto de 2013

2589 - O Caí a pleno emprego

A vinda dos haitianos Ones, Robens, Dieufomique e Adlert deverá garantir 
mão de obra para a expansão da empresa de Joel Jorge Pinheiro 
e João Flávio da Silva  - Ones (de roupa mais clara, fala cinco idiomas)
Na década de 2001 a 2010, o Caí foi um dos municípios da região com menor desenvolvimento econômico. Situação determinada, em grande parte, pelo fechamento das duas fábricas da Azaléia que operavam no município.

A atividade econômica não cresceu e muitos caienses tiveram de procurar emprego em outros municípios. 
Hoje a situação se inverteu. A economia caiense cresceu aceleradamente nos últimos quatro anos e está faltando gente para trabalhar nas indústrias locais. 

Os empregadores correm atrás de funcionários e tem empresa buscando funcionários até no exterior.

As estatísticas confirmam essa nova realidade caiense. Segundo dados do Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (CAGED), do Ministério do Trabalho e Emprego divulgados no Observatório do Trabalho do site da UCS, o número de empregados nas empresas caienses aumentou 701 de 1º de janeiro a 31 de julho desse ano. 

Em 1º de janeiro, o número de funcionários com carteira assinada no Caí era de 7.023. Sete meses depois, em 31 de julho chegou a 7.724. Houve aumento de 10% em apenas sete meses. 

Há algum tempo, os empregadores caienses vêm comentando que está muito difícil encontrar funcionários para contratar. O que é, certamente, um problema para as empresas. Mas é uma grande vantagem para os trabalhadores uma vez que, com isso, eles são mais valorizados.

O maior crescimento no número de empregos deu-se no setor industrial (584), seguido do setor de serviços (108) e da construção (32). O comércio foi o único setor que apresentou queda no número de empregos (-36).

O pleno emprego é característica dos países, e dos municípios, que progridem muito e a consequencia natural dessa situação é a migração: a vinda de pessoas de outros países e municípios para trabalhar e viver no local. Nos Estados Unidos, por exemplo, esse fenômeno é notório, com milhões de pessoas vindo de outros países (especialmente do México) em busca de emprego e vida melhor.

O Caí já viveu uma fase assim no final da década de 1980 e década de 1990, com muitos migrantes se instalando no município. A continuar o atual aumento na oferta de empregos, pode se esperar que o mesmo volte a acontecer novamente. Ou já esteja acontencendo.


Matéria publicada no jornal Fato Novo em 24 de agosto de 2013

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