quarta-feira, 28 de agosto de 2013

2613 - Crônica da enchente de agosto de 2013

Desalojados foram acomodados no Ginásio de Esportes do Parque Centenário
Rua 7 de Setembro inundada

240 milímetros em quatro dias

Na quinta-feira choveu muito. O aposentado Waldemar Hélio Vieira, que mora no bairro Chapadão, possui um pluviômetro e mediu a quantidade de chuva que caiu das sete da manhã desse dia até as sete do dia seguinte. Deu 45 milímetros. O que é muita chuva. Das sete da manhã de sexta até a mesma hora de sábado foram mais 42 milímetros. Mas o pior estava por vir. Das sete da manhã de sábado até as sete de domingo, o pluviômetro marcou 82 milímetros e, da manhã de domingo para a de segunda, mais 71 milímetros. Nos quatro dias, foram 240 milímetros.

Foi chuva que não parava mais. E o pior é que não foi só no Caí que choveu assim. Foi em todo o norte do estado.

Com tudo que choveu naqueles dias, o rio ainda não estava tão cheio. Mas, aos poucos, a água das chuvas de Caxias do Sul,  São Francisco de Paula, Canela, Gramado, Nova Petrópolis, Vale Real, Feliz, Alto Feliz, Bom Princípio, São Vendelino, Farroupilha, Barão, São Pedro da Serra, Salvador, Tupandi e Harmonia foi toda sendo escoada para o leito do rio Caí e correndo aceleradamente em direção à sua foz, no rio Jacuí.

Ao passar pela cidade do Caí essa água toda foi se acumulando e o leito do rio não foi suficiente para contê-la. O nível do rio foi subindo e invadindo as suas várzeas. Inclusive pela cidade do Caí, que nasceu e cresceu encostada ao rio. Grande parte dela em áreas de várzea.


Matéria publicada pelo jornal Fato Novo em 28 de agosto de 2013

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