terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

3635 - Manobras militares

Soldados em manobra nos arredores de Cruz Alta


Na primeira metade do século XX, parece que as guerras estavam na moda. Assim como Dom Pedro I invadiu o e incorporou o Uruguai ao seu reino, para poder se intitular um imperador, os governantes da maior parte do mundo pareciam gostar de uma guerra. E até mesmo o povo humilde, que nas guerras era convocado para servir de "bucha de canhão", ou seja, marchar na linha de frente, de peito aberto, com altíssima probabilidade de morte, parecia se empolgar com a guerra. As pessoas eram educadas para isso desde crianças.
Na América do Sul, as duas maiores potências eram o Brasil e a Argentina. Esta era a maior rival do Brasil na busca pela hegemonia continental. Sem outro vizinho em condições para isso, a Argentina era considerada a potencial inimiga num mundo em que as guerras pareciam algo comum, inevitável e, para alguns, até desejável.
Por isso quase todas as cidades da divisa entre o Brasil e a Argentina tinham seus quartéis. Até mesmo pequenas cidades, como Cruz Alta, naquela época, tinham o seu e recrutas de todo estado iam pra lá cumprir o seu dever patriótico de servir ao exército.
Edmundo Schaeffer fez isso, indo servir no quartel de infantaria montada, na jovem Cruz Alta.
Um dos mais antigos municípios gaúchos, Cruz Alta foi oficialmente criado em 1833, sendo desmembrado de Rio Pardo (um dos quatro primeiros municípios do Rio Grande do Sul).
Essa foto, feita por Edmundo Schaeffer em 1926, registra uma época em que os jovens sonhavam alcançar a glória nos campos de batalha, sem levar em conta que o destino mais provável para eles, caso a guerra aconecesse,  seria a morte.

Foto do acervo de Egon Arnoni Schaeffer

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