O movimento era intenso em estações ferroviárias, como a de Ijuí |
Nos meios de transporte, a primeira metade do século XX foi a era das ferrovias. Elas impulsionaram o progresso por onde passaram e eram a melhor solução para quem tinha de viajar por um estado sem boas estradas. Cidades e localidades que, como o Caí e Bom Princípio, ficaram fora do caminho do trem, tiveram o seu desenvolvimento paralizado ou contido e só voltaram a crescer quando as estradas melhoraram e os automóveis, caminhões e ônibus tiveram condição de transitar com agilidade.
Nesta, do montenegrino Edmundo Schaeffer, vemos a estação ferroviária de Ijuí, em 1926.
Ele estava prestando o serviço militar em Cruz Alta e namorava Wilma Walter, que veio a ser sua esposa.
Como Wilma morava em Cerro Cadeado, no interior do município de Ijuí, a visita do namorado exigia um grande deslocamento.
A viagem de Cruz Alta a Ijuí era feita de trem e levava quatro horas. Depois, para chegar a Cerro Cadeado, a quinze quilômetros de distância, Edmundo fretava uma charrete, que era o taxi daquela época.
O movimento que se vê nessa antiga foto, na segunda metade do século XX passou a existir nas estações rodoviárias e as ferrovias foram perdendo o seu dinamismo. Hoje sobrevivem algumas, mas dedicadas ao transporte de cargas.
Hoje as estações rodoviárias apresentam sinais de decadência. O uso do automóvel particular e do avião são parte da explicação desse fenômeno. A precariedade do serviço de ônibus e infeliz intervenção do estado na concessão de licença para operar com as estações rodoviárias estão por trás desse novo fenômeno.
Foto do acervo de Egon Schaeffer
Minha tia nasceu em Cerro Cadeado em 1927 e se chamava Wilma Walter também, filha de Anna Walter Borgmann. Teria mais alguma informação? Obrigado Fernando Borgmann
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