segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

3667 - A estação ferroviária de Ijuí

O movimento era intenso em estações ferroviárias, como a de Ijuí


Nos meios de transporte, a primeira metade do século XX foi a era das ferrovias. Elas impulsionaram o progresso por onde passaram e eram a melhor solução para quem tinha de viajar por um estado sem boas estradas. Cidades e localidades que, como o Caí e Bom Princípio, ficaram fora do caminho do trem, tiveram o seu desenvolvimento paralizado ou contido e só voltaram a crescer quando as estradas melhoraram e os automóveis, caminhões e ônibus tiveram condição de transitar com agilidade.
Nesta, do montenegrino Edmundo Schaeffer, vemos a estação ferroviária de Ijuí, em 1926. 
Ele estava prestando o serviço militar em Cruz Alta e namorava Wilma Walter, que veio a ser sua esposa.
Como Wilma morava em Cerro Cadeado, no interior do município de Ijuí, a visita  do namorado exigia um grande deslocamento.
A viagem de Cruz Alta a Ijuí era feita de trem e levava quatro horas. Depois, para chegar a Cerro Cadeado, a quinze quilômetros de distância,  Edmundo fretava uma charrete, que era o taxi daquela época.
O movimento que se vê nessa antiga foto, na segunda metade do século XX passou a existir nas estações rodoviárias e as ferrovias foram perdendo o seu dinamismo. Hoje sobrevivem algumas, mas dedicadas ao transporte  de cargas.
Hoje as estações rodoviárias apresentam sinais de decadência. O uso do automóvel particular e do avião são parte da explicação desse fenômeno. A precariedade do serviço de ônibus e infeliz intervenção do estado na concessão de licença para operar com as estações rodoviárias estão por trás desse novo fenômeno.

Foto do acervo de Egon Schaeffer

Um comentário:

  1. Minha tia nasceu em Cerro Cadeado em 1927 e se chamava Wilma Walter também, filha de Anna Walter Borgmann. Teria mais alguma informação? Obrigado Fernando Borgmann

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