terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

3669 - No recreio do Colégio Rosário

Egon (segundo da esquerda para a direita) com seus amigos de colégio


Egon Schaeffer estudou em dois dos melhores colégios do estado: o Sinodal, em São Leopoldo, e o Rosário, em Porto Alegre. O curioso é que o primeiro deles é luterano e o segundo católico.
Essa versatilidade religiosa se deve ao fato do pai de Egon, Edmundo, ser luterano, e a mãe católica. Edmundo teve de casar num templo luterano. O que não foi bem aceito por seu pai.
A foto foi feita na hora do recreio, dentro Colégio Nossa Senhora do Rosário, defronte ao bar do educandário.
Aparecem nela, da esquerda para a direita:
Edwino Felhauer, que era um excepcional desenhista cujo talento foi notado desde os oito anos. de idade. No Rosário ele vencia todos os concursos de desenho. Tornou-se engenheiro;
Egon, que já era um músico veterano, apesar dos seus 17 anos. Ele formava o Duo Egon e Balbé, fazendo sucesso no rádio e casas noturnas;
Antonio Augusto Godoy Gavioli, que  tornou-se médico psiquiatra e era muito amigo de Egon. 
Waldir Dutra seguiu medicina.
Dolmar Tarrasconi imitou o pai e tornou-se odontólogo.
Luis Meira seguiu o Direito. 
Egon apesar da sua dedicação à música, não descuidou-se dos estudos e formou-se farmacêutico bioquímico.

ELEGÂNCIA
Note-se a elegância dos rapazes. Todos de terno (que na época era chamada de fatiota). Os alunos do Colégio Rosário, assim como os do Sinodal, pertenciam à elite riograndense. Poucas famílias tinham condições de investir no estudo dos filhos naquela época. Ainda mais  que as famílias de então eram numerosas.
A fatiota não era comprada pronta, como acontece hoje. Ela era feita sob medida, por um alfaiate. E todo homem precisava ter, pelo menos, uma.  Se não adquirissem a sua antes, precisavam comprar ao menos uma, para o seu casamento. Um homem pobre guardava a fatiota do casamento e, muitas vezes, era enterrado com ela, quando vinha a falecer.
Essa mesma fatiota era utilizada para ir à missa, bailes  e outras ocasiões especiais. Era muito mais comum, naquele tempo, ver as pessoas, na rua, andando de terno.

Foto do acervo de Egon Schaeffer



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