Não apenas as estradas eram ruins, antigamente. Os pontilhões também eram muito precários |
Nesse blog, muitas vezes foi comentada a péssima qualidade das estradas de antigamente. Também já foi feita referência à falta de pontes. Tanto nos rios, que eram atravessados em barcas, como nos arroios, nos quais os automóveis passavam na base do embalo. Carros antigos, como o modelo T eram construídos com a carroceria a boa distância do solo, justamente para enfrentar melhor os buracos e essas travessias de riachos sem ponte.
Em alguns deles existiam pontilhões, bem precários e, geralmente, feitos de madeira. Além de tudo a manutenção dessas "obras" era deficiente. Como a desse pontilhão mostrado na foto acima. Por isso, era comum que os motoristas de antigamente levassem no seu carro ferramentas como pás, martelos e facões. Os facões serviam para cortar galhos que cresciam por sobre a estrada.
Bem antigamente, quando chovia, era comum que as pessoas precisassem esperar o rio ou arroio baixar de nível para fazer a travessia. Nos passos, como o Passo do Tristão e o Passo do Manduca, em Montenegro; o passo do Caí, em São Sebastião do Caí e o passo da Boa Esperança, na Feliz, costumava haver um armazém que servia também como hotel, oferecendo um quarto ou lugar num galpão para que o o viajante passasse a noite enquanto esperava o nível do rio baixar.
A foto acima, deixada por Edmundo Schaeffer, não tem a identificação do local ou época em que foi feita. Mas deve ser da década de 1950 ou anterior a ela.
Note-se que o pontilhão foi feito para o trânsito com veículos motorizados ou carroças com dois bois cangados. Uma charrete não passaria por ali, já que o cavalo que pucha este tipo de veículo teria de andar no meio da "pista".
Foto do acervo de Egon Arnoni Schaeffer
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