O Frigorifico Renner, em final de construção, ao lado da antiga
refinaria de banha de Jacob Renner
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Assumindo a direção da empresa, ele montou uma equipe de funcionários competentes, alguns oriundos da antiga refinaria. Nesta época, com o prédio ainda em final de construção, Edmundo Schaeffer fez esse raro registro fotográfico.
Com toda essa estrutura montada, o Frigorífico Renner alcançou uma produção enorme e grande redução de custos. O Frigorífico proporcionou muitos empregos e deu grande impulso à economia do município.
O abate de bois e porcos (gado bovino e suíno) era feito nos fundos do prédio e a carne, era levada ao topo do prédio através de uma grande rampa. De lá a matéria prima (cortes de carne, miúdos) descia, andar por andar, passando por diversos setores de produção, até chegar ao térreo como produtos acabados: banha, presunto, salsicha, lingüiça, salame etc.
Tudo isso dava grande racionalidade à produção, diminuindo custos e tornando os produtos Renner muito competitivos, tanto pela qualidade e higiene quanto pelo preço.
Para completar, a localização junto ao rio diminuía o custo de transporte. Barcos pequenos (as gasolinas) levavam os produtos Renner até Porto Alegre, onde eles eram transferidos para um navio da própria empresa, que os levava para os principais portos brasileiros, até no norte do país.
O lado negativo eram as freqüentes enchentes e o mau cheiro, que se propagava pela cidade, principalmente à noite. O que era muito comentado na época e pouco lembrado atualmente. Lembra-se, hoje, apenas o aspectos positivos.
Além do diretor, trabalharam no escritórlo Renato Costa, Guido Ruschel, Manoel Ortega, Avelino Roesler (que fazia a contabilidade), Sergio Bender, Romélio Oliveira, Rocha, Ivan Jacó Zimmer, Ido Weissheimer, Eloy Menezes (engenheiro desenhista de projetos), Milton Geswein (contabilidade).
Gaspar ousou e comprou um navio e, mais adiante, aceitou uma oferta da Pescal de Rio Grande. Na decada de 1970 iniciou o declinio. Para economizar e não importar máquinas da Alemanha, Eloy Menzes as desenhava e mandava fabricar.
Mas foi um esforço inútil! O frigorífico acabou sendo desativado e abandonado em 1984.
Agora o prédio, transformado num esqueleto, está na iminência de ser implodido.
Saudosistas pensaram em manter o prédio, o transformando em centro de cultura, mas as autoridades decidiram pela demolição,pois o prédio ameaça ruir, pondo em perigo os que moram ao redor.
É triste o fim de dessa empresa que projetou Montenegro para o Brasil.
Texto de Egon Arnoni Schaeffer e foto do seu acervo
Parabens Egon. Maravihosa postagem, relembrando um dos grandes esteios da economia do municipio,, exemplo de empreendorismo , Pena a m,á administração que houve, levando ao colpso desta grande empresa,
ResponderExcluircolapso
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