O Castelo Kebach, em Montenegro, será o cenário para uma história centenária. Entre os muros que reproduzem as antigas construções medievais, um homem estará comemorando, junto a familiares e amigos, o aniversário de 100 anos. E a festa será no enigmático 12 de outubro, Dia da Criança. Certamente, ao lado de filhos, netos, bisnetos, tataranetos e amigos, Eduardo Kasper vai lembrar que também foi criança. Deverá recordar a infância sofrida no Morro do Cedro, hoje município de São José do Sul. Como a mãe morreu no parto e o irmão gêmeo alguns dias depois, Eduardo acabou sendo criado pela avó.
Mas quando tinha seis anos a avó também faleceu, e ele passou a ser criado pelos tios.
Eduardo Kasper vai ver as muitas crianças correndo pelos gramados do castelo, e vai lembrar que na sua dura infância a brincadeira era outra. “Nossa brincadeira era trabalhando”, confidenciou ele, durante um passeio no qual revisitou a casa onde nascera, em 1914. “No cabo da enxada a gente fazia de conta que tava brincando”, recordou.
Ele passou por momentos difíceis. Aos 9 anos viu um vagão de trem levar os mortos da Batalha do Cafundó, ocorrido em 1923, no Vapor Velho. Aprendeu a falar em português aos 11 anos. Enfrentou o peso de ser descendente de alemães em dois períodos de guerra mundial. Trabalhou em açougue e olaria. Casou-se aos 18 anos com Orvalina. Criaram nove filhos com amor e trabalho.
A vida dura, porém, não endureceu o coração de Eduardo. Ao ser perguntado sobre a receita para chegar com saúde aos cem anos, ele deixa brilhar os olhos azuis, sorri e fala: “Comer bem e não discutir”. A alimentação natural e a tranquilidade da alma. Cada vez mais o mundo se esquece disto. Todos temos muito a aprender com Eduardo Kasper, 100 anos, morador de Santos Reis.
Mas quando tinha seis anos a avó também faleceu, e ele passou a ser criado pelos tios.
Eduardo Kasper vai ver as muitas crianças correndo pelos gramados do castelo, e vai lembrar que na sua dura infância a brincadeira era outra. “Nossa brincadeira era trabalhando”, confidenciou ele, durante um passeio no qual revisitou a casa onde nascera, em 1914. “No cabo da enxada a gente fazia de conta que tava brincando”, recordou.
Ele passou por momentos difíceis. Aos 9 anos viu um vagão de trem levar os mortos da Batalha do Cafundó, ocorrido em 1923, no Vapor Velho. Aprendeu a falar em português aos 11 anos. Enfrentou o peso de ser descendente de alemães em dois períodos de guerra mundial. Trabalhou em açougue e olaria. Casou-se aos 18 anos com Orvalina. Criaram nove filhos com amor e trabalho.
A vida dura, porém, não endureceu o coração de Eduardo. Ao ser perguntado sobre a receita para chegar com saúde aos cem anos, ele deixa brilhar os olhos azuis, sorri e fala: “Comer bem e não discutir”. A alimentação natural e a tranquilidade da alma. Cada vez mais o mundo se esquece disto. Todos temos muito a aprender com Eduardo Kasper, 100 anos, morador de Santos Reis.
Matéria de J B Cardoso, publicada pelo jornal Fato Novo em
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