Maria
Madalena Bühler entrou para a história de Montenegro. Foi a primeira vereadora
eleita (1982) e também a primeira prefeita do município (1996). Na eleição para
a Prefeitura, atingiu o maior percentual de votos de um prefeito em toda a
história, com mais de 60%. Entretanto, depois destas duas vitórias em eleições,
acabou ficando em terceiro no último pleito que concorreu, em 2004. Seu nome
voltou a ser lembrado em 2008, mas decidiu que não iria mais disputar eleições.
"Não vou concorrer mais. Já fiz a minha parte. Quero cuidar dos meus netos”,
declarou, na época. “A família é mais importante do que tudo", completou,
informando que voltaria a ser uma simples dona de casa. Conforme o neto, o
repérter Vinicius Bühler da Rosa, é chamada carinhosamente de “Vó
Mada”.
Única
mulher entre os quatro filhos do casal Maria Eracy Leal Machado e Deolandro
Viegas Machado, Maria Madalena Leal Machado se criou entre a cidade e o
interior. Viveu a infância na localidade de Fortaleza e depois a filha de
ferroviário foi para a cidade. Aos 13 anos teve o primeiro contato com a
política, quando entregou ao então governador Leonel Brizola uma carta pedindo
melhorias para o trabalho dos ferroviários.
Aos
65 anos, enfrenta um grave problema de saúde. Há cinco anos vem realizando
tratamento contra o Mal de Alzheimer e hoje encontra-se numa casa de repouso de
São Sebastião do Caí. Mas deixou o seu legado, pelo grande desenvolvimento que
Montenegro teve em sua administração. O município, que até 1997 crescia
negativamente e enfrentava graves problemas financeiros, adotou uma política de
atração de investimentos, através de incentivos. O secretário da fazenda de
época, Gerson Schardong, lembra que os resultados foram animadores. As dívidas
foram sanadas. Madalena deixou a Prefeitura em 2004 com um superávit de R$ 1,4
milhão e o orçamento do município pulou de 17 para 54 milhões em quatro anos.
E não
foram só empresas e empregos que foram gerados. Com mais recursos, melhorou a
infra-estrutura da cidade, tanto que Madalena ficou conhecida como a “prefeita
do asfalto”, devido as várias ruas e estradas que foram pavimentadas. Uma
simples dona de casa que foi uma grande administradora. E que nunca deixou de
lado a simpatia, marcada pelo seu sorriso fácil.
Matéria de Guilherme Baptista publicada pelo jornal Fato Novo na edição de 31 de dezembro de 2014
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