A rua principal de Nova Petrópolis leva o, nome de um professor que muito contribuiu para o desenvolvimento da cidade: Frederico Michaelsen
Esta e as seguintes postagens tratam da história de Fredeico Michaelsen (pai de Jacob Michaelsen, que foi um dos grandes empresários da navegação fluvial no Rio Grande do Sul nos século XIX e XX, e avô de Egydio Michaelsen. relatada por Luiz Alberto de Souza Marques na obra Memórias de um professor:
a instigante história de vida do professor
Frederico Michaelsen
O eixo principal
do texto consiste numa carta
endereçada pelo professor ao jornal
Deutsche Zeitung de Porto Alegre, em
junho de 1889, em que relata a difícil,
e não menos curiosa, trajetória de um
professor nos primeiros anos da nova
colônia, a partir de sua dispensa do
Exército brasileiro e do batalhão de
artilharia contratado na Alemanha e
conhecido como “Soldados Brummer”.
A pesquisa não se atém somente aos
dados biográficos do professor Frederico,
mas procura contextualizar, em
sua singular trajetória, as condições
da sua vinda para o Brasil, a guerra
contra o ditador Rosas (Argentina), a
permanência no Rio Grande do Sul, a
vida na nova colônia e o exercício do
magistério, entre outras atividades
comunitárias que tecem essa instigante
e curiosa história de vida. A
técnica utilizada para a montagem do
trabalho foi a de abertura do texto da
carta e, nele, a inserção dos diferentes
episódios, acompanhando a narrativa
de Frederico Michaelsen.
Palavras-chave: História de vida. Memória.
Educação. História da educação.
Resumo
Recebido em: 2/6/2009 – Aprovado em: 25/6/2009
* Doutor em Educação pela Universidade Federal
do Rio Grande do Sul. Professor e pesquisador
na Universidade do Sul de Santa Catarina,
no Programa de Pós-Graduação em Educação.
E-mail: luiz.marques@unisul.br
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REP - Revista Espaço Pedagógico, v. 16, n. 1, Passo Fundo, p. 71-84, jan./jun. 2009
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Landesknecht! Mercenário para servir
o Brasil? Brummer! É vergonhoso e
digno de pena ver-se como mercenário
de uma nação estranha. Mas
quando se segue com espírito humilde
o enrodilhado destino que levou a
cada qual a encetar tal caminho, então
se aprende a julgar o seu fazer e
agir. Leviandade, gosto de aventura,
desconhecimento, apertos e outros
acontecimentos empurram a uns
tantos passos dos quais a gente se
arrepende mais tarde.
Não era meu desejo vender-me como
mercenário de guerra, quando em
1851 cheguei a Hamburgo. Mas os
“prementes acontecimentos” foi que
me fizeram deixar cair nas mãos de
um grupo de alegres irmãos, que se
haviam engajado.
E assim me deixei embrulhar e segui
também para o Brasil. (LENZ, 1997,
p. 15).
MEMÓRIAS DE UM PROFESSOR Luiz Alberto de Souza Marques
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