Rene Afonso Vier, morador de Salvador do Sul, faleceu aos 77 anos de idade,
na madrugada de domingo, em decorrência de um AVC.
Vier estava internado há cerca de 10 dias no Hospital Beneficência Portuguesa, em Porto 
Alegre, onde passou por um procedimento cirúrgico. Durante o período de recuperação, 
seu estado de saúde acabou se agravando, com um forte derrame.
Os salvadorenses vinham acompanhando com expectativa o quadro de saúde de Renê 
Vier, na esperança de que pudesse superar essa situação e voltar ao convívio da 
comunidade, onde gozava de enorme prestígio e respeito. Tão logo que o óbito foi 
confirmado por familiares do dentista, mensagens de solidariedade e consternação 
tomaram conta das redes sociais em Salvador e redondezas.
Muitas das postagens recordavam as cantorias de Vier. Conforme pessoas mais próximas, 
ele descobriu na música uma alternativa para superar os momentos difíceis. E se revelou 
um grande talento, a ponto de ser presença quase que obrigatória em confraternizações 
de amigos, com direito a formar uma banda, o Quarteto da Fumaça.
Renê nasceu na então Vila São Pedro, atual São Pedro da Serra, e com cinco anos de idade 
a família de seu pai, João Alfredo Vier, que também era dentista, mudou-se para Barão. 
Após a conclusão do curso de Odontologia na Universidade Federal de Pelotas, em 1966, 
passou realizar atendimentos em Salvador do Sul.
Vier soube usar muito bem seu prestígio junto a importantes lideranças estaduais – como 
o então governador Jair Soares, no início dos anos 1980, que foi seu colega de faculdade – 
para contribuir na busca de melhorias importantes para a região, como o asfaltamento da 
estrada Montenegro/Salvador do Sul, a atual BR 470, além da instalação da telefonia direta 
e da implantação e expansão de atividades de escolas. Foi, ainda, um colaborador 
importante de entidades locais, como o CTG Querência da Serra, que ajudou a fundar 
e construir.
O bom humor e a solidariedade também foram marcas fortes na vida de Renê Vier. 
Costumava realizar atendimentos gratuitos a pessoas carentes da comunidade e aos idosos 
do antigo asilo instalado junto ao Hospital São Salvador.
Na produção primária, também mostrou grande vocação. Em ocasiões diversas, levou 

animais para exposição na Expointer e conquistou prêmios importantes, ajudando 
também a promover a sua cidade.
“Ele deixa muitas lembranças boas, lindas lições de vida. Sempre sorria para todos e 
queria ajudar a todos, não importava a situação. Pregava o entendimento político, era 
contra as desavenças”, recorda o irmão Nilson Vier, que, com emoção e entusiasmo, 
faz questão de recordar belos capítulos da história da vida de Renê.
A missa de corpo presente foi realizada na manhã da segunda-feira, na Capela Três 
Santos Mártires das Missões, que ficou pequena para abrigar os tantos amigos que 
foram se despedir de Renê Vier. O sepultamento aconteceu no Cemitério Católico de 
Barão, ao som de “Oh de casa”, música dos Irmãos Bertussi que Vier tratava como 
um hino em seu cotidiano.
Separado, deixa três filhos e dois netos.
Matéria de Cleo Meurer publicada no jornal Fato Novo