Trabalhando na montagem do Memorial do casal Anna e Antonio José Campani, Carlos encontrou, numa folha do Jornal do Dia, na página 9 da edição de 3 de julho de 1949, o artigo intitulado:
“ Padre Theodoro Amstad S.J.- O iniciador do Cooperativismo Sul Riograndense.”
O artigo é uma justa homenagem ao grande cidadão caiense - nascido na Alemanha - que foi um verdadeiro herói e defensor a das regiões coloniais do Rio Grande do Sul e transcreve o discurso proferido pelo deputado Antônio Campani por ocasião da Primeira Semana de Cooperativismo, em 1948, em frente à herma do revereíssimo Padre Theodoro Amstad, em Nova Petrópolis.
Alguns trechos do discurso:
“Estamos aqui reunidos em torno do monumento erigido ao Pai dos Colonos, que dedicou a sua vida a promover o progresso econômico,cultural e religioso de sua amada gente, o exército anônimo da enxada e do arado!
Através de sua atividade de sacerdote, através do contato familiar com o colono, Padre Amstad, pequeno de estatura e gigantesco de coração, penetrou, como nenhum outro, nos problemas e nas necessidades do colono.
A colônia necessitava de instituição de crédito fácil e barato: o Pe. Amstad, implantou o sistema das caixas Raiffeisen (hoje, absorvido pelos bancos internacionais).
A colônia necessitava de coesão e defesa de seus interesses; o Padre Amstad fundou a União Popular, que por mais de trinta anos vem amparando o colono.
A colônia necessitava de amparo social; Padre Amstad fundou o hospital e asilo de velhos em São Sebastião do Caí (entidade da qual o deputado Campani foi presidente).
A colônia necessitava de instrução e amparo culturais, o Padre Amstad fundou e dirigiu a revista mensal da Sociedade União Popular e outras publicações destinadas a instruir e recrear os seus amados colonos.
Se quisermos fazer alguma coisa de bom para o colono, é preciso observar dois princípios: Amor ao pequeno agricultor e liberdade à iniciativa privada, sem invasões de terras, sem quebra-quebras, sem arruaças, mas com trabalho e dignidade pela grandeza da Pátria Brasileira.
O colono não é operário rural; o colono não é um homem de segunda categoria. O colono é proprietário livre duma nesga deste solo abençoado do Brasil. O colono é o esteio econômico mais seguro do Rio Grande do Sul.”
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