O douto historiador Moacir Domingues, em seu livro A Nova Face dos Muckers, faz reparos a esta narrativa do padre Schupp. Baseado nos laudos médicos feitos na época nos corpos de Jacobina e seus seguidores, concluiu que é inverídica esta versão de que Jacobina e Rodolfo morreram varados por uma mesma baioneta. No laudo relativo a Jacobina consta que ela morreu com um tiro e um ferimento provocado provavelmente por um facão, não uma baioneta. Rodolfo morreu com três tiros e nenhum outro ferimento que pudesse ter sido provocado por um golpe de baioneta. Moacir Domingues concorda, porém, com a versão de que Rodolfo, último homem a morrer entre os mucker, procurou proteger Jacobina e as outras duas mulheres. Acredita que ela foi atingida por um tiro mortal na testa que deve ter-lhe causado a morte instantânea e que Rodolfo a amparou nos braços, sendo morto em seguida, atingido por três tiros. O golpe de baioneta que teria atravessado os corpos de Jacobina e Rodolfo seria um exagero dos narradores do episódio que foi aceita pelo padre Schupp e pelos jornais da época.
As duas mulheres que estavam ao lado de Jacobina eram Mariana Hofstätter e Catarina Arend. As três mulheres, pelo que se sabe, morreram lutando, atingidas por tiros.
Ao todo, morreram 17 mucker no assalto final. Entre eles não se encontrava o marido de Jacobina, João Jorge Maurer. Permanece um certo mistério em torno do destino do curandeiro. Provavelmente ele foi morto meses antes do massacre do Ferrabraz.
Nenhum comentário:
Postar um comentário