Célia Hövller morreu afogada no naufrágio da gasolina Santa Cruz, levando consigo o filho Amauri, de três meses
Assim como na história do transporte rodoviário ocorreram muitos acidentes fatais, também a história da navegação fluvial contém capítulos trágicos. O mais famoso deles refere-se à explosão da caldeira do vapor Horizonte, ocorrida nas imediações de Montenegro. Mas esta não foi a única tragédia náutica ocorrida no rio Caí. Muitas outras podem ter ocorrido que não ficaram gravados nos nossos parcos registros históricos.
Assim como na história do transporte rodoviário ocorreram muitos acidentes fatais, também a história da navegação fluvial contém capítulos trágicos. O mais famoso deles refere-se à explosão da caldeira do vapor Horizonte, ocorrida nas imediações de Montenegro. Mas esta não foi a única tragédia náutica ocorrida no rio Caí. Muitas outras podem ter ocorrido que não ficaram gravados nos nossos parcos registros históricos.
Prova disto é a história que aqui iremos narrar, de um acidente que deixou três vítimas fatais.
Ele aconteceu no dia 14 de junho de 1942 (um domingo), com um barco que pertencia a Balduíno Guilherme Dietrich, de Pareci Novo. O barco, uma gasolina, chamava-se Santa Cruz e era conduzido pelo filho do proprietário, chamado Amando (Mando) Dietrich. Além de Armando, estavam no barco sua esposa Célia Hövller (pronuncia-se Refler), o filho do casal chamado Amauri (de apenas três meses) e mais um funcionário, o maquinista do barco, cujo nome ainda não conseguimos apurar. Sabemos que ele era montenegrino e tinha fama de ser o melhor nadador de Montenegro.
A gasolina Santa Cruz navegava rio acima, vinda de Porto Alegre com destino ao Pareci Novo, onde o casal residia, e já havia passado do porto de Montenegro quando foi assolada por um fortíssimo temporal. Um vento muito forte fez o barco adernar (virar). O Santa Cruz voltava de Porto Alegre e estava vazio. Por isto tinha menos estabilidade e podia ser tombado para um lado pela força do vento.
Prevento que o barco poderia afundar, Amando disse para sua esposa pegar o bebê, que estava no interior da cabine. Ela tentava fazer isto quando o barco virou. Amando tentou ainda desesperadamente salvar a esposa e o filho que estavam dentro da cabine do barco, mas não conseguiu. Célia e Amauri morreram afogados, assim como o maquinista, que viajava no porão do barco. O naufrágio aconteceu no final da tarde
Amando foi o único que conseguiu salvar-se, nadando até a margem do rio. Conta-se que quando o corpo de Célia foi recuperado, depois do afundamento, foi encontrado com os braços estendidos, como se procurasse alcançar a criança.
Célia era órfã e foi criada pelo casal Balduíno Wesheimer e Fredolina Fuchs Weissheimer, do Matiel. Era irmã adotiva de Edgar, Ido e Valter Weisheimer.
Amando Dietrich casou-se em segundas núpcias com Dalva ... e residiu no Caí até o seu falecimento. Mando foi sócio em um outro barco (uma draga) que também afundou, causando-lhe grande prejuízo. Este acidente, porém, não ocorreu no rio Caí e não deixou vítimas.
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