Depois de casado, Jacó Felipe Selbach aumentou as suas ambições e construiu um lanchão para fazer a navegação por conta própria. O seu lanchão tinha a capacidade de transportar 100 sacos. Passou a comprar produtos dos colonos para revender em Porto Alegre e a buscar mercadorias na capital para vender aos colonos. Abriu também um armazém no Campestre de São José do Hortêncio, que era cuidado por sua esposa Isabel (ou Elisabeth, em Alemão). Nesta época a casa do casal não era mais que um rancho de palha e nele passou a funcionar também o seu comércio. Mesmo explorando o seu próprio negócio, Jacó Felipe Selbach continuou ainda oito anos como agregado de Hortêncio Leite. Mas ele conseguiu acumular recursos para, em 1847, adquirir uma área de terras à margem direita do rio Caí, ao lado das terras de João Guilherme Winter. Suas terras ficavam junto ao passo do Rio Caí no local até hoje conhecido como Passo Selbach. Passo é um ponto num rio em que seja fácil de atravessá-lo a pé, a cavalo ou em carretas em virtude da pouca profundidade.
Somente em 1853, Selbach deixou de trabalhar para Hortêncio Leite e se transferiu definitivamente para a sua propriedade às margens do rio Caí. Estabeleceu ali um armazém cuidado pela esposa e passou a fazer o intercâmbio comercial entre a nova colônia da Picada Winter com Porto Alegre através do rio Caí. Sua lancha tinha capacidade para transportar 80 sacos e era dirigida por ele mesmo (ou por um empregado) e dois escravos. A viagem de Bom Princípio ao Caí levava um dia para ir e outro para voltar. Para Porto Alegre a viagem de ida e volta consumia 15 dias.
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