terça-feira, 11 de agosto de 2009

96 - Vitórias, derrotas e morte trágica

Heitor Selbach deixou muitas obras pelo município que governou: uma delas é o Ginásio de Esportes que leva o seu nome, no Parque Centenário

Em 1969 Heitor Selbach disputou nova eleição, desta vez concorrendo ao cargo de prefeito. E foi, novamente, vitorioso. Era a sua quarta vitória eleitoral consecutiva. Ele governou o município (que na época incluía Capela de Santana, São José do Hortêncio, Bom Princípio e São Vendelino) até 1973.
Encerrado o mandato, Heitor Selbach não pode concorrer à reeleição porque a lei, então, não permitia. Mas, na eleição seguinte, ele novamente se elegeu, exercendo um segundo mandato de prefeito do Caí de 1977 a 1983.
Depois disto Bom Princípio emancipou-se e Heitor Selbach chegou a candidatar-se a prefeito do novo município, mas não teve sucesso. Passava, então, por uma fase de baixa na política e se dedicava muito à radiestesia, uma prática ligada à parapsicologia através da qual prestou auxílio gratuito a milhares de pessoas. Pedidos de intervenções suas eram requeridas (através do telefone) até por pessoas de lugares distantes como São Paulo ou Mato Grosso.
Heitor Selbach governou o Caí por 10 anos e foi um administrador dedicado e eficiente. Realizou inumeráveis obras em todos os cantos do município, entre as quais se destacam a construção do Ginásio A no Parque Centenário (apelidado por seus correligionários como Heitorzão) e a pavimentação da avenida Osvaldo Aranha, a principal do bairro Vila Rica. Em seus governos ele trouxe para o Caí a agência do Banco do Brasil e a telefonia DDD. Entre as empresas que conseguiu atrair para o Caí figuram a Leitz Ferramentas e a Fasolo (que depois transformou-se na Azaléia Conceição).
Sua vida terminou num acidente automobilístico ocorrido no Caí em 30 de abril de 1993, quando o carro por ele dirigido chocou-se de frente com um outro veículo, em frente à antiga Tratoria di Variani. Ele tinha 70 anos e um mês e não pode, por isto, satisfazer um dos seus grandes desejos que era o de doar as córneas ao Banco de Olhos. São aceitas doações apenas de pessoas com até 70 anos.
O acidente aconteceu no horário do meio-dia, quado Heitor Selbach se dirigia para o restaurante para o almoço. Estava acompanhado do comerciante Fakri, dono da Loja Paulista
O Caí ainda deve ao seu grande prefeito (assim como ao Doutor Cassel) uma homenagem condigna. Seria justo que o ginásio A, ou alguma nova avenida a ser aberta proximamente, recebesse o seu nome.

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