Ainda durante a sua permanência na Inglaterra, Luis Henrique formou-se engenheiro ferroviário. Desgostoso com a morte da esposa, ele aceitou trabalhar na construção de ferrovias no exterior. Esteve inicialmente na América Central e, pelo ano de 1861, veio ao Brasil.
Até o ano de 1868 ele permaneceu no Paraná, onde casou com Maria da Luz dos Santos, em Curitiba, e trabalhou na Secretaria de Obras Públicas do Paraná. Foi responsável pela construção da ferrovia que liga Curitiba a Joinville, inaugurada em 1865.
Em 1868, Luis Henrique de Holleben transferiu-se com a família para Niterói, no Rio de Janeiro. Uma mudança infeliz, pois ali morreu sua esposa, aos 30 anos de idade, deixando-lhe dois filhos pequenos: Luis Antônio, de três anos, e Luis Alberto, com um ano e meio.
Depois disto, von Holleben foi morar na cidade de Campos, também no estado do Rio de Janeiro. E lá ela se casou com Maria de Azevedo Koch, que tinha 21 anos e foi sua companheira até a morte. Deste terceiro casamento surgiram mais cinco filhos. Em Campos von Holleben foi o engenheiro-chefe, na construção da estrada de ferro local e, em 14 de julho de 1875, coube a ele recepcionar o imperador Dom Pedro II na solenidade de lançamento da pedra fundamental na obra da estação ferroviária da cidade.
Em 1876 o barão von Holleben passou a trabalhar em obras ferroviárias no Paraná e em Santa Catarina e, em 1880, veio para o Rio Grande do Sul. Seu objetivo era trabalhar na construção da estrada de rodagem que ligaria a Colônia de Conde D’Eu (cuja sede é hoje a cidade de Garibaldi) à Colônia Dona Isabel (atual cidade de Bento Gonçalves) e também à ligação entre Garibaldi e Montenegro.
Para cuidar destas obras, o barão Luis Henrique de Holleben passou a residir numa pequena localidade situada entre as atuais cidades de Salvador do Sul e Carlos Barbosa. Quem, naquela época referia-se ao lugarejo, dizia “lá no Barão”. E foi assim que o lugar ganhou o nome, que persiste até hoje.
O Barão viveu ali por apenas dois anos, mudando-se depois para Porto Alegre, Porto Alegre e Rio Grande, sempre envolvido em obras. Ele morreu em 1894, ano em que o estado foi sacudido por uma cruel revolução. Ele era sócio de uma casa comercial que foi à ruína e o deixou endividado. Aos 62 anos, desgostoso e envergonhado, ele cometeu suicídio com um tiro na cabeça. Deixou a viúva pobre e com os cinco filhos na idade de seis a 18 anos.
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