quinta-feira, 1 de outubro de 2009

411 - Christiano Trein

Segundo filho de Franz Peter Trein, Christiano assumiu, em 1876, a casa comercial fundada pelo seu pai no Porto do Guimarães. Ele casou-se com Elisabeth Ritter (filha do rico comerciante Jorge Henrique Ritter de Linha Nova). Tornou-se sócio do cunhado, Henrique Ritter, com o que a firma passou a chamar-se Trein & Ritter. Isto até 1888, quando a sociedade foi desfeita e a empresa passou a ser denominada Christian J. Trein & Cia. Esta mesma empresa passou, posteriormente a ser administrada pelo genro de Christiano Trein chamado Frederico Mentz e, com o nome mudado para Frederico Mentz & Cia, transformou-se num dos maiores conglomerados de empresas do estado.
Christiano Trein tinha a sua casa comercial na esquina formada pelas ruas hoje denominadas 13 de Maio e Marechal Floriano. O mesmo prédio foi utilizado para a implantação de uma indústria téxtil que foi administrada por outro genro de Christiano chamado Antônio Jacó Renner, dando origem a um outro conglomerado de empresas: o grupo Renner, que veio a se tornar o mais notável complexo empresarial do estado na primeira metade do século XX.
Assim como Frederico Mentz (casado com Catarina Trein), A J Renner (casado com Matilda, Trein) também transferiu os seus negócios para Porto Alegre. Christiano Trein, sogro de ambos (pai de Catarina e Matilda), já idoso, continuou morando no Caí até o seu falecimento em 1916.
Helena Cornelius Fortes deixou, em versos, um registro das lembranças de Cristiano Trein:

Onde hoje está o Ginásio
Cristiano Trein tinha armazém,
vendia muito a varejo e por atacado também.
Um quilo de feijão preto
custava um preto vintém.

Tempos depois Cristiano Trein
o seu armazém transformou
em fábrica de tecidos
à qual o seu genro associou,
nascendo então nesta terra
a firma que a história marcou.

A firma A J Renner
na esquina da praça nasceu.
Mudou-se pra Porto Alegre
e espantosamente cresceu
O velho sócio Cristiano
sentado na esquina morreu.



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