Através do porto do Caí era escoada a produção de um território amplo e produtivo: as colônias alemãs do Vale do Caí (incluindo São José do Hortêncio, Bom Princípio, Harmonia, Tupandi, São Vendelino, Feliz, Alto Feliz, Vale Real, Linha Nova e Nova Petrópolis) e as colônias italianas de Caxias do Sul, Farroupilha, Flores da Cunha e outras).
Chegados da Alemanha e da Itália com cultura e tecnologia superior à dos luso-brasileiros, os colonos desta grande região tinham grande capacidade de produção, o que fez a região prosperar muito. E todos os negócios destes colonos passavam pelo porto do Caí. O que fez a cidade tornar-se um extraordinário polo comercial.
Com isto, comerciantes da cidade, como Cristiano Trein, enriqueceram tremendamente. Até porque colonos alemães como ele tinham, também, tecnologia comercial superior à dos seus concorrentes luso-brasileiros.
Assim surgiram grandes fortunas, como as de Frederico Mentz e A J Renner, que eram casados com filhas de Cristiano Trein e o sucederam nos seus negócios. Quando a atividade comercial caiense declinou, a partir de 1911 (com a construção da estrada de ferro que ligava Caxias do Sul a Porto Alegre), comerciantes ricos como Cristiano destinaram as fortunas que haviam acumulado para financiar novos empreendimentos industriais, comerciais e financeiros dirigidos por pessoas ligadas a eles, como Frederico Mentz e A J Renner.
Estes dois empresários caienses, que transferiram suas atividades para Porto Alegre, tiveram extraordinário destaque na economia gaúcha da primeira metade do século XX. E não foram os únicos exemplos de caienses que seguiram por este caminho.
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