As alterações políticas (primeiro a mudança de município de Montenegro para o do Caí e depois para Bom Princípio) foram benéficas. Imagine-se como, no tempo em que São Vendelino pertencia a Montenegro, este distrito vivia distante da sede do poder municipal e das suas atenções. Com a subordinação ao Caí, as coisas já melhoraram. No período em que São Vendelino e Bom Princípio pertenceram ao município do Caí, estes dois distritos tiveram grande força na política caiense. Tanto que o principiense Heitor Pedro Selbach foi, em duas ocasiões, prefeito do município. E as vantagens de passar a pertencer ao Caí tornaram-se mais notadas depois que o asfalto passou a ligar Caí a São Vendelino, em 1973. E quando o poder municipal passou a estar sediado em Bom Princípio, foi melhor ainda. Agora a sede do município ficava a apenas alguns quilômetros (por estrada asfaltada). Antes de 1953, um vendelinense levaria horas para ir até a sede do seu município (em Montenegro), depois de 1982 este tempo ficou reduzido a alguns minutos.
Depois da sua emancipação, Bom Princípio passou a desenvolver-se de forma extraordinária e isto impulsionou também o crescimento de São Vendelino e de Tupandi. E o sucesso da emancipação de Bom Princípio fez com que surgisse na mente de alguns líderes de São Vendelino a idéia da emancipação. Uma idéia audaciosa, pois São Vendelino, mesmo com o progresso que começara a experimentar com o asfalto e a emancipação de Bom Princípio, era ainda uma localidade muito pequena e pobre.
Sem indústrias, com pouco comércio, sem nenhuma agência bancária, a vila de São Vendelino não parecia ter a menor condição de ser a sede de um município. Mesmo assim a emancipação ocorreu. E quando o município foi criado a sua população era pouco superior a 1.000 habitantes. Bem menos do que a população da Colônia de Santa Maria da Soledade em 1866. Depois de mais de um século, a população local, ao invés de crescer, havia diminuído.
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