terça-feira, 3 de novembro de 2009

572 - Morte trágica do Menino Diabo

Viajando o Menino Diabo com um grupo de seus homens, certo dia, de Dois Irmãos a Hamburgo Velho, esbarrou, nas imediações desta localidade, no lugar denominado Taimbé do Grehs, com um piquete de governistas, comandados por Bento Manoel. Na companhia destes se encontrava, entre outros colonos, um velho soldado que servira no exército de Napoleão I e residia nos fundos da Picada Dois Irmãos; era João Mombach.
As pressentir os inimigos, o chefe revolucionário e seus homens se esconderam no mato, à beira da estrada, e começaram a fazer fogo contra os adversários. O Menino Diabo foi reconhecido, ao dar ordens, pelo velho Mombach. Este mandou atirar no homem escondido atrás duma árvore. Logo em seguida ouviram-se gritos de dor. Um homem de constituição robusta, correu rumo ao ferido e, agarrando-o, pôs-se a fugir. Nova salva de tiros prostra morto o fugitivo e a carga e aprisionada.
Era o famigerado Menino Diabo que caíra preso.
Um colono de nome Dienstmann, também do destacamento de Bento Manoel, agarrou o ferido e amarrou-o na garupa do seu cavalo, levando-o para Dois Irmãos.
Sendo já muito tarde, naquele dia, para ser levado a São Leopoldo o chefe aprisionado, foi ele encerrado naquele povoado, numa casa à cuja porta alguns colonos montaram guarda.
Naturalmente a prisão do célebre Menino Diabo se espalhou por toda aquela zona, com incrível rapidez.
Altas horas da noite, apareceu um numeroso grupo de inimigos do prisioneiro e reclamou a sua entrega.
Satisfeita a exigência, obrigaram o infeliz a abrir com suas próprias mãos uma sepultura onde, após terríveis martírios, ainda vivo o enterraram.

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