Depois dos vapores, foram as gasolinas que dominaram as águas do rio Caí:
a da foto pertencia a Amando Dietrich
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O padre Bruno Metzen, no seu livro Pareci Novo, nos dá uma informação importante sobre a navegação no rio Caí. A de que os barcos conhecidos como gasolinas, apesar do nome, tinham motor movido a querosene. Eram embarcações menores do que os vapores e representaram um grande avanço na navegação no rio Caí.A razão do nome gasolina foi o fato de que na época do seu surgimento surgiu o combustível chamado gasolina. Como a novidade foi bastante comentada (estava na boca do povo), os barcos motorizados que começavam a singrar as águas do rio Caí foram chamadas de gasolina. Apesar de seus motores serem movidos a querosene.
A primeira gasolina no rio Caí pertenceu a Henrique Kinzel e tinha o nome de Tupi.A gasolina, a querosene e o óleo diesel são combustíveis extraídos do petróleo.Mesmo sendo menores do que os vapores e destinadas principalmente ao transporte de cargas, as gasolinas contavam com cozinha e dormitório. Nos dias em que eram forçados a pousar em Porto Alegre, os marinheiros (como eram mais conhecidos os navegantes da época) não podiam gastar dinheiro com hotel.
A principal mercadoria transportada pelo rio nos tempos da gasolina foi a laranja, como se pode ver na foto acima. Amando Dietrich, proprietário da gasolina Santa Cruz, seguiu o mesmo caminho da maioria dos proprietários dessas embarcações, ele trocou o barco pelo caminhão, que conseguia chegar até a propriedade do colono para coletar a mercadoria. Antes do caminhão, o colono levava suas laranjas em carreta de boi até o embarcadouro no rio Caí. Essa mudança ocorreu no início da década de 1950, quando foi concluido o asfalto entre São Sebastião do Caí e Porto Alegre. Haviam vários embarcadouros ao longo do rio. Acima de Montenegro, os principais atracadouros eram o Porto Pereira, Porto Maratá, Pareci e Caí, que foram perdendo o seu movimento com o tempo. Até a década de 1960, gasolinas ainda chegavam até o porto do Caí.
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