quarta-feira, 21 de abril de 2010

817 - Esgoto do hospital

O esgoto do hospital foi desviado para ser despejado no rio abaixo da cidade

Bernardo, de forma espontânea e voluntária, defendeu inúmeras causas de interesse da comunidade. Uma delas foi o problema do esgoto do Hospital Sagrada Família. Ele escoava por um córrego que passa perto do campo de futebol do Riachuelo, desembocando logo depois no arroio Coitinho. O pior é que, pelo arroio Coitinho, elas chegavam, em seguida, ao rio Caí. E isso acontecia pouco acima do ponto em que as bombas de captação da CORSAN (Companhia Riograndense de Saneamento) extraiam do rio a água que, depois de tratada, era distribuída para a população. O que não parecia nada recomendável, uma vez que o esgoto do hospital poderia estar contaminado por doenças.
Bernardo empenhou-se em resolver esse problema e insistiu nisso até conseguir que o escoamento do esgoto do hospital fosse modificado, de modo a entrar na rede normal de esgotos da cidade. De qualquer modo, as águas acabavam escoando para o rio, sem tratamento. Mas, pelo menos, o despejo dessa água passava a acontecer adiante do ponto de captação de água da CORSAN.
Outro caso em que foi decisiva a intervenção de Bernardo foi o do prolongamento da rua Mário Spohr. Essa rua faz parte do Loteamento Blauth, situado junto ao centro da cidade. E, como as demais ruas desse loteamento, não tinha continuidade em direção ao bairro Vila Rica. Isso fazia falta, porque a avenida Osvaldo Aranha ficava sendo a única via pública que servia para a comunicação entre o Centro e a Vila Rica. E, como a Osvaldo Aranha é facilmente atingida por enchentes que interrompem o tráfego, o prolongamento da rua Mário Spohr ofereceria uma alternativa que possibilitava a comunicação em casos de enchentes médias.
Bernardo era atingido por esse problema, pois tinha de deslocar-se diariamente, com a sua carroça, da Vila Rica para o Centro. Quando uma enchente não permitia a passagem pela Osvaldo Aranha, ele era obrigado a passar pela RS-122. Uma opção muito perigosa, pois antes da abertura do desvio dessa rodovia (que aconteceu em julho de 2001) o movimento de veículos na mesma era intenso, caótico e extremamente perigoso.
Além de Bernardo muitas outras pessoas pediam à prefeitura a realização da obra de prolongamento da rua. Mas havia um empecilho para a sua realização. Seria necessária a autorização da proprietária da área de terra a ser atravessada pela rua, dona Marta Dill. Bernardo, que a conhecia bem, foi falar com ela e tanto fez que conseguiu convencê-la. Mais uma vez a sua maneira educada no trato com as pessoas, somada à sua persistência, deu resultados.

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