domingo, 17 de outubro de 2010

998 - Franz Schubert, o escultor


No cemitério do Caí se encontram estátuas e ornamentos de qualidade em alguns túmulos, mas nenhuma que se possa atribuir a Franz Schubert


Quem visita o Cemitério Municipal de São Sebastião do Caí pode admirar belas escoluturas em alguns túmulos antigos. Pelas informações abaixo, extraídas da Wikipédia, pode se ter uma idéia de onde se originaram tais obras.
Franz Schubert foi um escultor teuto-brasileiro ativo no Rio Grande do Sul no final do século XIX.
Chegou em Porto Alegre, procedente de São Paulo, em fins de 1888, indo trabalhar na oficina de cantaria e decoração predial de Miguel Friedrichs, onde transmitiu a Jacob Aloys Friedrichs os segredos do trabalho no mármore.
Mais tarde desligou-se da oficina e transferiu-se para Novo Hamburgo e, depois, para São Sebastião do Caí, onde se radicou e abriu uma empresa própria, deixando diversas obras especialmente no campo da estatuária fúnebre.
Referência:
Damasceno, Athos. Artes Plásticas no Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Editora Globo, 1971

Miguel Friedrichs (Merl, 9 de outubro de 1849 — Porto Alegre, 28 de dezembro de 1903) foi um escultor, ornatista e comerciante ativo no Rio Grande do Sul, especialmente em Porto Alegre, no final do século XIX.
Aprendeu o ofício de cantaria em seu país natal, a Alemanha, no atelier de Peter Grethen. Quando habilitou-se, foi trabalhar nas obras da Catedral de Colônia, permanecendo ali por três anos. Emigrou para o Brasil em meados de 1875, estabelecendo-se na localidade de Lomba Grande, no município de São Leopoldo, onde se estabeleceu e abriu uma empresa. Logo prestava seus serviços nesta cidade e também em Novo Hamburgo e São Sebastião do Caí.
Em 1883 transferiu-se para a capital, trabalhando nas obras do prédio do Banco da Província, e logo após abrindo novamente uma firma de cantaria e escultura que em breve se tornaria uma das mais importantes da cidade. Depois se associou com o arquiteto Gustavo Koch, quando a empresa passou a criar também projetos de edifícios. Mas esta parceria teria uma vida de poucos meses, sendo dissolvida no mesmo ano para que Miguel se dedicasse ao comércio de ferro e materiais de construção, mantendo porém a oficina de decoração, onde trabalhou o escultor Franz Schubert. Contudo, este novo negócio não lhe permitia mais tempo para que se ocupasse com a decoração de prédios, e assim transferiu esta parte da empresa para o irmão Jacob Aloys em fevereiro de 1891.
Miguel foi pai de João Vicente Friedrichs, que continuaria o tradicional ofício familiar e seria reconhecido como um dos mais importantes decoradores do início do século XX em Porto Alegre.

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