quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

1277 - Juarez da Corsan

Juarez de Souza e a esposa Jane: vida simples e generosa
Ele nem nasceu no Caí, mas poucos foram mais caienses do que ele. Seu nome era Luis Juarez Leite de Souza e todos o conheciam como Juarez da CORSAN. Um sobrenome que ele adquiriu por haver trabalhado, durante 19 anos, na Companhia Riograndense de Saneamento, a CORSAN.
A notícia da sua morte espalhou-se pela cidade na última quarta-feira e causou consternação geral. Na cidade não há, praticamente, que não o conhecia e estimava.
Juarez nasceu em Canoas, no dia 15 de outubro de 1949. Tinha, portanto, recém completado seus 62 anos.
Seu pai, Marcírio de Souza, trabalhou no setor de obras da prefeitura. A mãe, dona Adir, cuidava da casa e dos filhos.
Juarez cresceu no Caí, estudando na Escola Felipe Camarão, depois trabalhou na prefeitura, na fábrica de balança Laux & Wiedercker
Casou, em 1970, com Jane de Souza e o casal teve três filhas biológicas (Márcia, Débora e Taís) e uma de adoção: Jaqueline. Daí resultaram três netos, que eram uma das grandes paixões de Juarez: Luis Artur (filho de Débora), Bruna e Fernanda (filhas de Jaqueline).
Juarez se criou no bairro Vila Rica e ali viveu praticamente toda a sua vida. Ele e a esposa participaram do bloco de casados Os Acorrentados, da Sociedade União (o popular Poeira).
Jane trabalhou no Hospital Sagrada Família, por 26 anos e Juarez, depois do casamento, encontrou a profissão para a qual estava vocacionado. Foi trabalhar na CORSAN caiense e foi excelente funcionário. Dedicado, inteligente, extremamente atencioso, ele subiu na empresa tornando-se chefe de rede. Ele dirigia a turma que trabalhava na implantação e na manutenção das redes de água. Juarez sempre cumpriu o seu dever com extremo zelo, mas fez muito mais que isso. Ele   sempre esteve disponível para enfrentar os problemas que surgiam, mesmo em fins de semana ou na madrugada.
Aos 48 anos, Juarez aposentou-se na CORSAN, com 19 anos de trabalho. Ao deixar o trabalho que desempenhava tão bem, ele abriu uma pequena empresa para prestação de serviços de encanador. Desde então, foi o mais conceituado profissional desta atividade no Caí, prestando serviços para milhares de famílias e empresas no município e região.
Colorado fanático, ele ultimamente tinha uma nova paixão: uma granja na Várzea da Vila Rica, onde ele criava todo tipo de animal: vaca, pato, pavão... Ia lá diariamente para tratar os animais e curtir o recanto que criou para o seu lazer. Simples e calmo, como ele sempre foi. Interessado em política, ele sempre foi partidário do PP. Convidado a concorrer a vereador, ele até sentia a tentação, mas preferiu ouvir as opiniões da família e nunca aceitou.
A doença que levou Juarez surgiu inesperadamente. Sem saber, ele sofria de câncer no pâncreas. Um câncer muito perigoso, pois ele se desenvolve sem apresentar sinais (sintomas) e, geralmente, só é percebido quando já está num estágio muito avançado.
Foi o que aconteceu com Juarez. O problema só foi detectado no início desse mês, porque ele ficou com a pele amarelada. Ele não sentia nada e continuava trabalhando, mas a esposa o convenceu a fazer uma consulta com o Doutor Adélio Menegaz, seu médico e amigo.
O doutor mandou fazer uma ecografia no mesmo dia e uma tomografia no dia seguinte. Assim foi constatado o câncer, que já estava num estágio muito avançado. O doutor Adélio o encaminhou imediatamente para um médico em Porto Alegre e Juarez foi preparado para a cirurgia. Ele resistiu, mas  no dia seguinte estava mal e teve de fazer nova cirurgia, que não suportou.
Juarez foi enterrado na última quinta-feira, e vai fazer muita falta.

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