quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

1637 - O Passo do Manduca

Antes da construção da ponte na RS-122 (estrada Maurício Cardoso)
quem ia de carro ou de ônibus  atravessava o rio Caí na barca
do Passo do Manduca
A ponte sobre o rio Caí na RS-240 foi construída apenas no final da década de 1950. Antes disso, os ônibus que ligavam Montenegro a Porto Alegre passavam pelo Passo do Manduca ou, num certo período da década de 1950, pelo Pareci Novo e Caí. O asfaltamento da rodovia Júlio de Castilhoa, entre o Cai e São Leopoldo ocorreu antes do que o da RS-240, ligando São Leopoldo a Montenegro.
No Passo do Manduca havia uma barca que facilitava a passagem de veículos mesmo quando o rio estava um pouco alto. Nas grandes enchentes as barcas (tanto a de Montenegro, como a de Pareci, do Cai e de Bom Princípio), deixavam de funcionar.
O Paso do Manduca era um ponto do rio no qual ele era mais baixo e mais fácil de ser atravessado. Ficava rio acima (a montante) de Montenegro, próximo ao início do cais do porto. 
A primeira linha de ônibus entre a cidade de Montenegro e Porto Alegre (passando pelo Passo do Manduca) funcionou em 1948, conforme nos informa Romélio Oliveira. 
No Caí as primeiras linhas de ônibus para Porto Alegre surgiram bem antes. Existe uma explicação para isso. Montenegro tinha duas outras boas alternativas de transporte para a capital: o trem e os barcos. A navegação entre o Cai e a capital foi se tornando difícil devido à falta de conservação da barragem, falta de dragagem e deterioração das obras feitas no rio para facilitar a navegação. E trem não havia até a cidade. O que havia era carruagem e depois ônibus até Capela de Santana ou Pareci Velho, para pegar o trem nas estações existentes nessas duas localidades: Estação Azevedo e Estação Pareci.
É curioso pensar que, na época em que o Pareci Novo contava com uma estação ferroviária, as localidades de Pareci Novo e Pareci Velho tinham semelhante grau de importância.

Foto do acervo de Romélio Oliveira

1636 - Refinaria de Banha Jacob Renner

A refinaria de banha de Jacob Renner foi instalada nas margens do rio Caí, 
em Montenegro, no final do século XIX
(clique sobre a foto para ver melhor)
Esta foto mostra a empresa que pertenceu a Jacob Renner. Pai do legendário A J Renner, 
o maior empresário gaúcho de todos os tempos.
Como se pode ler na faixada do prédio, na foto acima, tratava-se de uma refinaria de banha. A banha, extraída dos porcos era um produto que, bem acondicionado e tratado, podia ser transportado para o restante do país e para outros países. Foi o primeiro grande produto de exportação dos colonos alemães estabelecidos no Vale do Caí e gerou grandes fortunas.
No mesmo local, mais tarde, foi instalado o Frigorífico Renner, que foi comandado, durante muitos anos, por Júlio Renner, filho de Jacob Renner e irmão de Antônio Jacob Renner, o famoso A J Renner.
A foto seria de 1900. Observe-se que ainda não havia sido construído o cais do porto, que foi inaugurado em 1904. A empresa estava instalada "na barranca" do rio, como se dizia antigamente. Portanto, a primeira denominação do estabelecimento de Jacob Renner em Montenegro foi Refinaria de Banha J Renner, como se vê estampado na faixada do prédio.
Mais tarde, pelos anos 30 do século XX, o nome passou a ser Fábrica de Banha J Renner. Em 1947, foi construído, ao lado desse antigo prédio, o portentoso edifício do Frigorífico Renner.

Foto do acervo de Romélio Oliveira

1635- Dr Daniel Fink: formado numa das melhores universidades do mundo

O caiense  Daniel Fink, foi considerado o melhor aluno
na sua turma de doutorado, na melhor universidade da Coréia

O caiense Daniel Fink (filho de Danilo Fink e da falecida professora Vera Fink) acaba de obter o doutorado em gestão de ciência e tecnologia pela Escola de Inovação do KAIST (Korea Advanced Institute of Science and Technology). 
O que não é pouca coisa,  pois o KAIST é a melhor universidade da Coreia e a 63ª melhore do mundo, em 2012. 
O seu irmão Bruno também estudou na Coréia e formou-se em Engenharia Industrial. Hoje, de volta ao Brasil, ele é coordenador da cadeia de suprimentos da Hyundai Motors em Piracicaba.
Para chegar a isso, ele já está na Coréia há seis anos. Desde a infância, Daniel sentia atração pelos países estrangerios, mas nunca imaginava que iria parar na Coreia. A decisão ocorreu um pouco por acaso, mas hoje ele acredita que foi bem acertada. A Coreéa vem crescendo muito nas interações comerciais com o Brasil e isso é visível em todos os lugares, inclusive no Vale do Caí. Ainda temos um enorme potencial nas áreas científicas e culturais e é nisso que estou focado.
DOUTOR
Para obter o doutorado, Daniel fez pesquisa focada nos perfis de produção de conhecimento científico do Brasil e da Coréia e nas atividades de colaboração científica entre os cientistas dos dois países. 
A escolha desse tema surgiu da sua atividade como funcionário da enbaixada do Brasil em Seul, capital da Coréia. onde ele atua como assessor para ciência de tecnologia desde 2009.
No seu trabalho, Daniel procuou mostrar os melhores caminhos para a cooperação científica. Os resultados já foram publicados para os governos da Coréia e do Brasil e deverão ser úteis nas próximas decisões de custeio conjunto de pesquisas, intercâmbio de pessoal e, quem sabe, novos investimentos empresariais.
SEM FRONTEIRAS
A Coréia foi o primeiro país da Ásia a ingressar no programa Ciência sem Fronteiras do governo federal. brasileiro e Daniel coordena o programa pela embaixada brasileira em Seul. 
Hoje, são 95 jovens brasileiros (a maioria gaúchos) estudando naquele país. E mais 97 estarão chegando lá em fevereiro. 
“É uma satisfação muito grande ajudar esses jovens  nos primeiros passos no exterior porque eu me identifico muito com eles”, diz Daniel.
As empresas coreanas estão ávidas para contratar todos estes alunos quando retornarem ao Brasil e, por isso, o  programa  Ciência Sem Fronteira é muito bem visto por elas. Sobram oportunidades de estágio para os estudantes brasileiros interessados.
LONGE DO LAR
A saudade que Daniel sentia de casa diminuiu com a ida de Bruno para a Coréia, em 2007. Agora ele já voltou ao Brasil, mas Daniel se sente bem adaptado na Coréia, que é um ótimo país para se viver.
Ele acha que sair de casa não é tão difícil. Hoje são muitas as oportunidades de conseguir uma bolsa, pegar um avião e ir morar em outro lugar. 
“Depois que chegamos, vemos que o mundo não é tão diferente assim. Que existem pessoas maravilhosas em toda parte” diz Daniel. “E nos damos conta de coisas que podemos fazer para melhorar nosso país, nossa cidade e nosso modo de viver”, completa. 
Ruim, segundo ele, seria não aproveitar essas chances e ficar em casa. A dica fundamental é aprender inglês. Esse é o passaporte para o mundo.

1634 - Encontro de amigos, parentes e parceiros



Algumas famílias de origem alemã pontearam o extraordinário 
progresso comercial e industrial acontecido no Caí nas últimas 
décadas do século XIX  e primeiras do século XX. A união entre elas 
era consolidada em encontros festivos  como o da foto, realizada 
em 1910, e foi importante para o desenvolvimento econômico 
do estado
(Clique sobre a foto para ver melhor)
No ano de 1910, o Caí estava no auge do seu progresso como polo comercial e industrial da colônia alemã do Vale do Caí e porto pelo qual era escoada, também, a produção dos colonos italianos da região de Caxias do Sul.
Algumas famílias de origem alemã pontearam o extraordinário progresso comercial e industrial acontecido no Caí nas últimas décadas do século XIX e na primeira do século XX. Na igreja, nas sociedades e em festas familiares (aniversários, casamentos etc) essas famílias confraternizavam.
Os homens falavam de negócios e os jovens se namoravam.
Daí surgiu uma união econômica e familiar que tornou-se importante na economia gaúcha por toda a primeira metade do século XX. Empresas como Renner, Mentz, Ritter e Oderich.

Foto do acervo de Carlos Gilberto Kayser

1633 - A primeira capela no Porto Guimarães

As primeiras missas no Caí foram realizadas nas casas
do comerciante Antônio Guimarães
e outros moradores da localidade
Em 1873, o Porto Guimarães, antes conhecido como Porto do Mateus ou Praia, estava se transformando num vilarejo e já estava nos planos do governo imperial brasileiro implantar ali uma cidade para servir de base para a colonização da região serrana. Montenegro emancipou-se naquele ano, também com o destino de ser base para a colonização da Serra.
Foi então criada a primeira capela católica do vilarejo, na qual um padre da paróquia de São José do Hortêncio passou a rezar missa de vez em quando. O sacerdote vinha até o local a cavalo, por uma trilha (picada) aberta no meio da mata.
Alguns anos depois, começou a construção da igreja matriz de São Sebastião do Caí e a casa/capela deixou de ser utilizada para a realização de cerimônias.
Esta foto antiga indica essa casa como sendo a primeira capela, em 1873.

Foto do acervo de Lu Bohn


quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

1632 - Barragem Rio Branco

A barragem, situada no Pareci, garantiu a navegação até
o porto do Caí em qualquer época do ano
(Clique sobre a foto para ver melhor)



Quem visita o antigo cais de São Sebastião do Caí se surpreende com o fato de que, no passado, barcos de razoável porte conseguiam navegar até aquele local. O rio não é profundo e, hoje, não permite a navegação a não ser por canoas (caícos) e caiaques.
Isso faz as pessoas pensarem que, no passado o rio era mais caudaloso e profundo. Mas a verdadeira explicação está nas obras realizadas pelo governo brasileiro naquela época. Nos primeiros anos do século XX foi construída a Barragem Rio Branco, que garantiu um nível mais elevado para o rio até o porto de São Sebastião do Cai. Além disso, era feita dragagemdo rio. 
Na foto se vê que o vapor Salvador está entrando na eclusa da barragem e que ele navegava rio acima.

Foto do acervo de Romélio Oliveira

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

1631 - Tiro ao alvo em Harmonia em 1912

O doutor Max Teodoro Leipnitz, de Montenegro, venceu o Tiro Rei, 
em Harmonia, no ano de 1912

A imagem foi captada numa festa de Tiro Rei na localidade de Harmonia, no interior do município de Montenegro. O doutor Max Teodoro Leipnitz foi o campeão do torneio de tiro ao alvo e, por isso, aparece no centro da foto, atrás do alvo, com uma faixa no peito. Ele era famoso médico em Montenegro e dono do Sanatório Bela Vista, situado próximo ao atual quartel da brigada, no centro da cidade.

Foto do acervo de Romélio Oliveira

1630 - A enchente de 1965, vista do alto do Morro São João

A enchente de 1965 foi uma das maiores já acontecidas em Montenegro



A foto foi feita do alto do Morro São João, com a câmera voltada para o rio Caí, mostrando das proximidades do cais à TANAC e áreas situadas antes e depois do rio.
A área mais habitada corresponde ao bairro Municipal. 

Foto do acervo de Romélio Oliveira

1629 - Colégio São José

O prédio do Colégio São José estava situado no que é,
hoje o Centro da Cidade. Quando o prédio foi construído,
em 1908, o cenário era muito diferente

(Clique sobre a foto e observe como o Morro São João era desmatado)
História

O Colégio São José, administrado pelas Irmãs de São José, iniciou suas atividades em 1906, com 19 alunos, na sacristia da Igreja Matriz São João Batista, de Montenegro. Em 1908, foi inaugurado o prédio onde a Escola funciona até os dias de hoje.
Em 1941, teve início a primeira escola de formação de professores, chamada Escola Complementar Equiparada São José e, em 1971, a Escola passou a ter Ginásio misto.
Em 1990, o Colégio São José foi transformado em Escola Comunitária, passando a ser administrada por educadores leigos. Ainda neste ano, foi implantado o uniforme escolar, idealizado a partir das sugestões dos alunos e dos pais, inspirando as demais escolas da cidade a tomarem a mesma medida.
Em 16 de maio de 1991, através de concurso, foi criada a nova Bandeira da Escola, de autoria de Marcelo Carvalho Rosa e Rafael Praetzel Andrighetti.
Em 1995, foi criado, através de concurso, o Hino da Escola, de autoria de Maria Inês Lermen Kindel, mãe de aluno, o qual foi entoado pela primeira vez na abertura da Mostra Educacional São José, em 18/09/95.
A partir de 1º de janeiro de 1999, atendendo à nova legislação educacional, a Escola passou a denominar-se INSTITUTO DE EDUCAÇÃO SÃO JOSÉ. Neste ano, também, foi implantado o Curso Técnico em Administração, com ênfase em Gerenciamento Empresarial, de Nível Médio. Atualmente, a Escola oferece, além, deste, o Curso Técnico em Segurança do Trabalho, Curso Técnico em Logística, Curso Técnico em Gestão de Pessoas e o Curso Técnico em Gestão de Serviços.
A Escola tem sido distinguida, pelo trabalho que realiza, com diversos prêmios. Destacamos, entre outros:
*Prêmio Arte na Escola Cidadã/2000 - 2º lugar, promovido pelo Instituto Arte na Escola, da Fundação Iochpe.
*1º Prêmio Escola Voluntária/2002, promovido pela Rádio Bandeirantes e ONG Parceiros Voluntários.
*2º Prêmio Escola Voluntária/2003, integrando, com outras 4 escolas, a “Tribo Ibiá: Sou da Paz”.
*Top Ibiá de Preferência, como a escola preferida pelos montenegrinos, em todas as pesquisas já realizadas pelo Jornal Ibiá, neste segmento.


Nomes que a escola já teve:

1906 – COLÉGIO SÃO JOSÉ
1941 – ESCOLA COMPLEMENTAR EQUIPARADA SÃO JOSÉ
1945 – GINÁSIO FEMININO SÃO JOSÉ
1949 – ESCOLA NORMAL SÃO JOSÉ
1980 – COLÉGIO SÃO JOSÉ – ESCOLA DE 1º E 2º GRAUS
1990 – ESCOLA COMUNITÁRIA DE 1º E 2º GRAUS SÃO JOSÉ
1999 – INSTITUTO DE EDUCAÇÃO SÃO JOSÉ


Diretores do "São José":

1906 - Madre Luise Gabrielle
1911 - Madre Maria Felicidade
1918 - Madre Saint Jean
1922 - Madre Ângela
1923 - Madre Carolina
1927 - Madre Luisa
1930 - Madre Josefina
1931 - Madre Delfina
1937 - Madre Inez
1945 - Madre Alice
1951 - Madre Inez
1955 - Madre Maria Eugênia
1961 - Madre Jeanne de Chantal
1963 - Madre Maria da Paz
1965 - Irmã Maria Luiza Zancheta
1968 - Irmã Anna Inez Toigo
1977 - Irmã Elza Lorenzi
1982 - Irmã Odila Terezinha Cadore
1990 - Professora Ivete Azevedo de Lima
1996 - Professora Magali Mottin Rosa
1999 - Professora Ivete Azevedo de Lima
2002 - Professora Ivete Azevedo de Lima
2005 - Professora Ivete Azevedo de Lima
2008 - Professor Legario Guilherme Nabinger

Fonte: site do Instituto de Educação São José
Foto do acervo de Romélio Oliveira

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

1628 - Cervejaria Jahn

Fábrica de cerveja de Gustav Jahn & Cia /
Cervejaria Gustavo Jahn & Cia Ltda.
Conforme o site Cervisiafilia, baseado no Jornal Correio do Munícipio, de Montenegro, o alemão Gustav (Gustavo) Jahn, era filho de Heinrich Rudolph Jahn e Wilhelmine Jahn-Belger e chegou ao Brasil em 1878, estabelecendo-se na Vila de São João do Montenegro. 
Em 1886 ele casou com Guilhermina Keller, com quem gerou quatro filhos: Carlos Gustavo, Ricardo, Willy e Luiza.
Por volta de 1892, fundou uma fábrica de cerveja em pequena escala que progrediu muito devido ao fato dele ser muito trabalhador e perseverante.
Em 27 de outubro de 1910, o Jornal Correio do Município, de Montenegro, noticia que o Gustavo Jahn comprou a fábrica de cerveja de José Mario Christofari, localizada nos subúrbios da cidade.
Em 29 de outubro de 1911, Gustavo Jahn regressa da Alemanha para onde havia ido no início do mês para conhecer e comprar novas máquinas para sua cervejaria.
Em 11 de fevereiro de 1912, retorna da Alemanha o seu filho Ricardo Jahn, que partiu em março de 1910 para fazer o curso de cervejaria. Nesta mesma data, o Jornal Correio do Município publica: “...Já estão chegando da Alemanha as novas machinas para a cervejaria do Senhor Jahn que pretende fazer funciona-las em novembro do corrente anno...”
Em 6 de junho de 1912, o Jornal Correio do Município publica: “... O edifício que o Sr. Gustavo Jahn está construindo para funcionamento de sua nova fábrica, já recebeu a cumieira...”
Em 17 de outubro de 1912 iniciou a fabricação de cerveja na nova fábrica da rua Buarque de Macedo (atual Pizzaria Casarão). Essa nova fábrica que deverá ser inaugurada em fins de novembro ou princípio de dezembro, teve aumentado o edifício de sua antiga fábrica onde adaptou-o com mecanismos e utensílios importados da Alemanha e que mais ou menos são os seguintes: filtro, maquina para engarrafamento, lavadeiras de garrafas, 3 tinas para fermentação, tendo cada uma a capacidade de 6000 garrafas, 12 tanques para depositar cerveja também com capacidade de 6000 garrafas cada um, resfriador, aquentador, misturador de cevada, etc.
O motor tem a força de 60 cavalos e o compressor de 36, tendo a caldeira 72 metros quadrados de superfície de calor.
A água para a fabricação de cerveja e gelo é tirada do rio Cahy que fica distante da fábrica 1200 metros. A bomba, que é movida a eletricidade fornece 20 metros cúbicos de água por hora.
São bem espaçosos os dois porões frigoríficos próprios para a fermentação e depósito da cerveja.
O fabrico da cerveja deverá atingir 5000 garrafas diárias e a importância despendida com a montagem da fábrica e o aumento do prédio eleva-se a 200 contos de réis.
Em 19 de outubro de 1917, Gustavo Jahn veio a falecer.







1627 - Montenegro em ritmo de grande progresso




Sob o governo do prefeito Hélio Alves de Oliveira, Montenegro passou por período de grande desenvolvimento.  
Ele governou o município entre os anos de 1955 a 1959 e, novamente, de 1964 a 1967
Era economista formado e foi deputado estaduas no período de 1951 a 1954. Escreveu mais de 50 livros.
No cartão de boas festas, que mandou publicar no ano de 1957, ele reproduziu  fotos de prédios que representavam  a pujança do município. O frigorífico Renner foi um dos prédios escolhidos para isso.
O cartão comemorava a conquista de um prêmio pelo extraordinário progresso obtido pelo município naquele ano.
Clicando sobre a foto, pode se observar melhor as imagens que compõem os números. 
No número um, as fotos são históricas, de um período muito anterior a 1958. Aparece uma velha torre, no Cais, que teria existido no local da atual Câmara de Vereadores. 
A foto seguinte mostra a rua Osvaldo Aranha,  rua que se destacava pela sua largura e boa pavimentação. O carro que aparece na foto está passando pela Casa Selig, loja ainda existente, no mesmo local.
No número cinco vê-se o prédio do doutor Teixeira, prestigiado médico montenegrino da época. Ele situa-se na esquina das ruas Ramiro Barcelos com Osvaldo Aranha.
Abaixo, ainda no número cinco, se avista a rua Ramiro Barcelos na altura do antigo Cine Goioen, que era anexo ao Clube Riograndense. 
No número oito vemos o Frigorífico Renner e o Clube Riograndense; logo abaixo, uma paisagem com o rio, o cais e um barco atracado.

sábado, 26 de janeiro de 2013

1626 - Os casados também eram da folia

Waldemar Rücker, Edgar Dietrich e Eloy Santos foram presidentes
do Clube Aliança na fase de ouro dos blocos carnavalescos
Numa iniciativa ousada, o Clube Aliança trouxe
a cantora Gretchen para uma apresentação
Na foto, Clóvis Silva (Gambá), Donato Lali Bohn
e Edgar Dietrich
Nos bailes de carnaval, o salão do clube ficava lotado
A cada ano o Bloco dos Casados do Clube Aliança se apresentava
com uma fantasia diferente

  1. Bloco de Casados do Clube Aliança:  Na foto, começando pelo alto e pela esquerda: Ester Weirich, Nei Oliveira, Marli Mentz, Luiz Silva e Iamara Henzel Silva. A segunda fila começa com Cleonir Rossetti atrás de Antenor Lamb, seguido de Dante Resmim, Carminha Felipsen, Virgínia Lamb, Clori Laux (um pouco atrás) Meri Selig Rossetti e Valtoir (Vato) Rossetti, Milton Lautert, Edgar Dietrich com Paulo Dhein à sua frente, Lenir e Maurício Dietrich, Fátima e Beto Schons; na fente, Eloy Santos, Judite Lautert, Iris Dietrich, Juliani Dhein, Neida e Osnir Ledur e Pitia Mentz
  2. (Clique sobre as fotos para ver melhor)




















Nos anos 70 e 80 do século XX, os blocos carnavalescos eram uma verdadeira febre na sociedade caiense. Não existiam escolas de samba e o povo mais pobre não tinha condições de participar do bloco do Clube. Participar do bloco, e do Clube, era coisa para as classes mais elevadas. Houve, portanto, um inversão na história do carnaval caiense. Na década de 1990 os blocos de clubes (houveram, também, os do Clube União Vila Rica, até que um incêndio destruiu essa sociedade) desapareceram e surgiram as escolas de samba, que brilharam em desfiles organizados pela prefeitura. Nestas, o povo teve a oportunidade de participar. Havia apoio e patrocínio para a compra de instrumentos e fantasias e o que mais valia era ser bom de samba. 
As cenas registradas nas fotos ocorreram por volta no final dos anos 70, quando seu Edgar Dietrich era presidente do Clube.Na sua presidência, grandes atrações artisitcas foram trazidas para apresentações no clube. Uma delas foi a cantora Gretchen, que cantou, dançou, rebolou (a sua especialidade). Não sabemos a data da sua apresentação, mas foi no início da carreira dela, bem auge. 
Na presidência de Edgar Dietrich, o Clube trouxe também Moacir Franco, a bateria de uma escola de samba do Rio de Janeiro, a orquestra Cassino de Sevilha e Altamiro Carrilho. Na época, o Clube também se destacou muito nas competições de pingue-pongue. Milton Joeci dos Santos fazia parte do departamento jovem do clube e trabalhou na portaria do clube naquele dia. Foi o departamento que acertou a vinda de Gretchen para a apresentação. Ela estava em Caxias do Sul, e veio para o show nas altas horas da madrugada. O Clube estava lotado. O empresário de Gretchen, vendo isso, achou pouco o valor que havia sido combinado e pediu mais. Houve um certo desentendimento e a cantora acomodou as coisas aceitando fazer a sua apresentação pelo valor combinado.


Eloy Santos, de Rei Momo, na entrada do bloco Escravos do Luar
no salão do Clube Aliança

Fotos dos acervos de Leslie Dietrich e Fernando Santos

1625 - 6ª Festa da Bergamota, em 1982

Na sexta Festa da Bergamota, realizada em 1982: ...., ......,
o prefeito Heitor Selbach, deputado Roberto Cardona,
a princesa da festa Sandra Henz, a rainha Maria Goreti Diesel,
João Soares da Silva (o Pai João) e o vice-prefeito Dary Laux

Líderanças recepcionam Alceu Collares na festa: ....,
Eloy Santos, ..., deputado Élio Corbellini, ..., Pai João

Hélio Fontoura (Líder do PDT), Dary Laux, Alceu Collares e 
Donato Lali Bohn. Na ocasião, Collares era candidato a governador, 
mas não se elegeu.



A Festa da Bergamota foi, por muitos anos, um evento de repercussão estadual. Era normal a participação do governador e a grande presença de público causava espanto. O sucesso da festa motivou a criação do Parque Centenário e a construção dos dois ginásios esportivos nele situados, além do galpão crioulo do Tapirapé, do Palácio de Vidro e das demais construções existentes no local.

1624 - Procissão de São Sebastião - 2013






A Festa de São Sebastião do Caí, em 2013, teve extraordinária participação, tanto no ano seu aspecto social quanto no religioso. O jornalista Castor Becker Júnior fotografou a procissão, que foi realizada no dia 20 de janeiro, um domingo, teve a participação de, aproximadamente, cinco mil fiéis.

1623 - Imagens do rio e do cais



Jornalista qualificado, Castor Becker Junior atuou no jornal NH por vários anos. Hoje tem sua própria empresa jornalística (a C5 News Press), prestando serviços de assessoria a prefeituras, empresas e entidades. É também, um excelente fotógrafo, como se pode ver nessas imagens que captou num dia do verão de 2010, quando o rio Caí banhava a cidade e os caienses o curtiam.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

1622 - O Caí na revolução de 1930

Na frente da Prefeitura, mobilização pela revolução


Getúlio Vargas liderou um movimento que sacudiu o país. O Rio Grande do Sul o apoiou e revolucionários gaúchos foram de trem até São Paulo e Rio de Janeiro, tomando o poder. Vargas assumiu o governo nacional e o dominou por 15 anos. A revolta dos gaúchos se justificava porque, na época, paulistas e mineiros dominavam a política nacional, sem dar oportunidade a políticos dos outros estados.
A foto acima, datada de 16 de outubro de 1930, foi tirada de uma janela ou sacada no segundo piso do prédio da prefeitura do Caí. O prédio que aparece em destaque, a loja Baratilho Caiense, pertencia a Erich Mentz. Comerciante que continuou com a loja por várias décadas, no mesmo local, especializando-se em roupa masculina. Em tempos mais modernos, a loja tornou-se representante no Caí da loja Alfred, de Porto Alegre e foi dirigida por ..... Engelmann.

Foto do acervo de Carlos Gilberto Kayser

1621 - A praça em tempo de guerra

Foto tirada em 1941, mostra os caienses perfilados
numa solenidade patriótica
Esta foto foi feita em 1941 e mostra a praça central do Caí, vista do alto da torre da Igreja Católica. Mais antiga que a foto semelhante (que mostramos na postagem 1619). Ela também mostra um aspecto surpreendente: a falta de veículos nas ruas. Apesar de estar acontecendo um grande evento. Na outra foto, de dez anos mais tarde, também não se viam veículos na rua. Possuir automóvel, no Brasil, é coisa recente. Apenas alguns privilegiados os possuíam naqueles tempos.
Algumas mulheres usavam sombrinha. Devia ser um dia quente de verão. As freiras, que acompanhavam as crianças do colégio, não usavam sombrinhas de cores alegres. Se abrigavam com guarda-chuvas de tecido preto. Elas também usavam vestes pretas, mesmo no verão. Suavam muito quando davam suas aulas na escola.
A praça ainda tinha a sua quadra de basquete, que já não aparece na foto da década de 1950. Os jardins da praça foram, por muito tempo, desenvolvidos pelo jardineiro Calisto Roth. Possivelmente, já responsável por eles naquela época.
Numa época em que as árvores e a natureza eram valorizadas apenas por alguns visionários, como o padre Balduino Rambo, os jardins eram menos arborizados.
No ano de 1941, a Europa estava em guerra. No ano seguinte, o Brasil declararia guerra à Alemanha. Uma situação muito delicada em cidades como o Caí, cuja população era - em grande parte - compostas por pessoas de origem alemã e que falavam o idioma germânico.
Em tempo de guerra, o patriotismo é inflado. Na faixa estendida sobre a rua Marechal Floriano lê-se a frase que foi lema da revolução de 1930: Estamos de pé pelo Brasil.

Foto do acervo de Carlos Gilberto Kayser

1620 - Johann Grünewald: mestre na construção de catedrais

Johann Grünewald  começou a projetar-se fabricando
lápides para cemitérios, em Montenegro

Ao contrário do que acontecia com os imigrantes alemães da primeira fase (1824 a 1830), os que vieram depois da Guerra dos Farrapos (1945 em diante) eram mais qualificados. A Alemanha havia evoluído e veio para o Brasil muita gente qualificada. Exemplo é esse grande mestre da arquitetura e engenharia que, um dia, foi montenegrino.

Johann Grünewald nasceu a 24 de maio de 1832 em Königswinter perto de Bonn na Alemanha. Estudou entre 1855 e 1861 em Colônia recebendo o título de Dombaumeister (mestre na construção de catedrais). Especialista em estilo gótico, o título lhe dava a categoria de projetista, construtor e talhista em cantaria de pedra grês.
Emigrou para o Brasil a 25 de outubro de 1861. Primeiro se estabeleceu em Dona Francisca – Santa Catarina onde estagiou por um tempo. Chegou ao Rio Grande do Sul em agosto de 1862. Montou uma oficina de cantaria em São João do Montenegro. Nessa região procurava matéria prima para túmulos, pois era abundante na região. Na região do Vale do Caí esculpiu pequenos túmulos em pedra grês ao estilo gótico. Por isso é considerado o introdutor deste estilo arquitetônico no Rio Grande do Sul. Pelo valor da sua obra e originalidade neste lado do Atlântico passou a ser chamado simplesmente de Mestre João.
Diante da fama do seu trabalho foi encomendado o projeto da Igreja Católica de São Leopoldo. Nessa cidade, projetou e construiu o colégio dos padres Jesuítas também. O Bispo Dom Sebastião Dias Laranjeiras em Porto Alegre percebeu seu talento já projetado em todo o Rio Grande. Chamou-o para capital a fim de projetar e construir o Seminário Diocesano (hoje Cúria Metropolitana). Esculpiu vários túmulos no Cemitério Alemão (hoje pertencente a Comunidade Evangélica de Porto Alegre). Também projetou e construiu a Igreja Católica do Menino Deus e a antiga Igreja Evangélica na rua Senhor dos Passos (depois demolida).
Faleceu a 15 de abril de 1910 aos 78 anos dedicados quase 48 à sua nova pátria.
Fonte: CORONA, Fernando - Enciclopédia Rio-grandense, Volume 2, páginas 153-155.
Comentários do Pastor Emérito Klaus W. Meirose
foto: Círio Simon.



Texto e ilustração divulgados no Facebook por Eduardo Kauer

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

1619 - Centro do Caí pelo ano de 1950

O centro do Cai visto do alto da torre da igreja
(Clique sobre a foto para ver melhor)

Esta foto foi feita do alto da torre da Igreja Católica, por volta do ano 1950. O bar A Tafona ainda estava ativo. O Cine Aloma já funcionava. Os prédios da Livraria Caiense, do Hotel Adams, do Hotel Müller, da Estação Rodoviária, bem como os da atual Pastelaria Sabor e o prédio vizinho a ela, já estavam ali. Num deles funcionou o consultório (e residência) do doutor Carlos Betz (que era alemão e atuou no Caí até a década de 1970).
Já se encontrava lá o prédio construído para os Correios (hoje utilizado pela Biblioteca Municipal). Na esquina em frente aos Correios e ao Hotel Müller, havia uma residência (onde hoje está a agência do Banco do Brasil). Em frente à rodoviária estava já o sobrado de Egídio Blauth, com casa comercial no térreo. Não havia sido construída, ainda, a casa de Fausto Leão e nem o prédio onde funciona hoje Bazar do Calçadão.

Foto do acervo de Carlos Gilberto Kayser

1618 - Escola Duque de Caxias em 1963

Na Escola Duque de Caxias, situada aos fundos da Igreja Evangélica, estudavam os jovens da comunidade Luterana
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Turma da Escola Duque de Caxias, no ano de 1963
Da esquerda para a direita - 1ª fila: João Adolfo Oderich, Gulherme Kayser e Samuel Rodrigues; na 2ª fila: Renato Kayser, Josefina Fetter, Miriam Lamb e Ário Soares; 3ª fila: Guilherme Haas, Ernani Bruhn(falecido), Leandro Ely e Anne Marie Haas; 4ª fila: Dancler Ely, Gertrudes Niemayer, Alceu Teixeira e Edson Spalding; na última fila: Gustavo Niemayer, Léo Klein e Auri Maahs

Foto e identificação: acervo de Carlos Gilberto Kayser

1617 - No Jardim de Infância Evangélico


A Comunidade Evangélica Luterana do Caí, já há muito 
tempo, cuida de regar bem as suas plantinhas
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Jardim de Infância Evangélico no ano de 1956:
Identificação parcial: Começando pelos mais à frente: À esquerda, de pé sobre um banquinho, de gravata: GUILHERME KAYSER; da esquerda para a direita, segundo, de polainas(?) e suéter preto: EDISON SPALDING; 1/2 rosto atrás do Edson: RENATO KAYSER; ...; cabeça semi-raspada: LEO KLEIN; à frente dele, de sapatos brancos: BEATRIZ DIEFENTHÄLER; atras dela, um pouco a direita: HUMBERTO BLAUTH; ... ? menina de tope; ...WULFF; 1/2 rosto atrás dela: JOÃO ADOLFO ODERICH; de jardineira escura, na frente: RITA OST; ao lado dela o FELIPE SPOHR; e ao lado dele: GILDA ..... - Dentre os maiores, atrás, ao lado da Suzana Campani: LEANDRO MÜLLER; à direita do pinheiro: ELISA KAYSER; LIGIA BEHRENDS; MARLI FLORES; ... e JORGE PETRY. 

Foto e identificação do acervo de Carlos Gilberto Kayser

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

1616 - Os irmãos Brochier

Augusto e João Honoré Brochier  foram pioneiros 
na exploração da madeira no Vale do Caí
Augusto e João Honoré Brochier vieram da França para o Brasil por volta de 1830. Estabeleceram-se no meio da selva, no local onde hoje existe a cidade de Brochier. Um local que, na época, estava situado no meio da mata. Eles enriqueceram explorando a madeira, que levavam para Porto Alegre, para ser utilizada na construção civil. Foram pioneiros nesta atividade, que desenvolveu-se muito no Vale do Cai ao longo de todo o século XIX e primeira metade do século XX. Numa época em que não haviam estradas na região, os Brochier levavam os troncos (toras) das árvores flutuando, pelo arroio Maratá e, adiante, pelo rio Caí.
Augusto e João foram verdadeiros pioneiros e tiveram de enfrentar índios hostis e animais selvagens, como a onça (então chamada de tigre). 
Saiba mais sobre a grande aventura dos irmãos Brochier usando a ferramenta Pesquisar neste blog. Digite nela a palavra Brochier.
A foto aqui reproduzida foi realizada no ano de 1886 ou 87, quando os dois pioneiros já eram muito idosos. 

Foto do acervo de Romélio Oliveira

1615 - Reverendo Ernesto Bernhoeft

Padre Ernesto Bernhoeft, fundador do Colégio Jacob Renner
O reverendo dando aula na escola que fundou e dirigiu
O reverendo Ernesto Bernhoeft foi fundador e diretor do Colégio e Escola Normal Jacob Renner, em Montenegro. Esta escola, que era situada próxima ao campo de futebol do Esporte Clube Renner, oferecia cursos ginasial, colegial, normal e científico.  Era uma grande escola que, ao longo da sua história, formou cerca de 4.000 alunos.
O trabalho desenvolvido pelo reverendo foi notável porque proporcionou ensino médio gratuito, ao contrário de outros colégios particulares montenegrinos, como o São José e o São João Batista, dos Irmãos Maristas.

1614 - Festa de São Sebastião em 2013

Na noite de 14 de janeiro, segunda-feira, o show da dupla
Lucas e Felipe atraiu uma multidão
A comunidade católica do Caí prepara, todos os anos, um festão para homenagear o seu padroeiro.  É a Festa de São Sebastião, que existe há bem mais que 100 anos e sempre atrai verdadeiras multidões. 
Não é para menos, pois ela oferece atrações para todos os públicos: desde o infantil, que adora o parque de diversões, até os mais velhos, que curtem muito o baile da terceira idade e a prosa com os amigos, saboreando a boa comida da festa: especialmente os famosos pastéis e o cachorro quente com salsichão.
As famílias adoram essa festa, mas são as moças e rapazes que mais aproveitam. Milhares de casamentos já surgiram a partir de olhares trocados na tradicional festa caiense. Sem ela, a população caiense seria menor.
Mas, se a festa sempre foi boa e grande, nesse ano vai ser maior. Uma impressionante estrutura de pirâmides está sendo montada ao lado e à frente da igreja, para abrigar a copa, o palco de shows e um grande tablado para a realização de bailes.
A festa desse ano começa na próxima sexta-feira oferecendo shows artísticos e bailes animados pelas melhores bandas do estado. As mesas vão proporcionar acomodação para milhares de pessoas sentadas, permitindo longos papos no reencontro de amigos. Tudo isso sem cobrança de ingresso.
Os shows e bailes acontecerão todas as noites, depois da novena e no primeiro domingo da festa haverá baile da terceira idade, de duas a cinco horas da tarde. 
O parque de diversões, que já está montado e funcionando diariamente à noite, também é muito bom. O Happy Park tem brinquedos novos, como uma pequena montanha russa e aqueles brinquedos que sempre encantam a criançada, como carrinhos, barco Wiking e muito mais.
O SANTO
São Sebastião, com a sua impressionante história de sacrifício, é um dos mais populares santos do catolicismo.
Por isso, tanto na novena (que começa nessa sexta, sempre às dez horas da noite, termina no dia 19, sábado. Véspera do feriado de São Sebastião que, dessa vez será num domingo.
Dois bispos estarão participando da festa nesse ano: Dom Jacinto Inácio Flach, bispo diocesano de Crisciúma, que é natural de Bom Principio e Dom Paulo Antônio De Conto, bispo da diocese de Montenegro.
O dia de São Sebastião é o ponto culminante da festa, principalmente pela missa com benção da saúde e a procissão.  Nesse dia, caiense que está na praia volta especialmente para participar a festa. Uma verdadeira instituição caiense: tanto pela sua parte social como pela religiosa.
O pároco Carlos Roberto Vicente e o vigário Renato Luiz Klein, juntamente com os festeiros Rogério e Ivone Pörsch e Darci e Rosane Gossler estão se empenhando ao máximo para fazer dessa a maior festa de São Sebastião de todos os tempos.

1613 - Fato Novo: informação, integração, desenvolvimento

Nascido junto ao porto, o Caí foi obrigado
a conviver com as enchentes

No ano de 2011 aconteceu uma grande enchente no rio Caí. Ela atingiu todas as cidades situadas às suas margens, mas no Caí alcançou o rio subiu tanto, como nenhum caiense havia visto até então. Como essa, só a enchente do Barro Vermelho, em 1878.
A enchente parou a cidade. Grandes indústrias foram invadidas pela água do rio. Milhares de caienses tiveram de deixar suas casas, abrigando-se em refúgios providenciados pela prefeitura ou na casa de parentes e amigos.
Os prejuízos foram enormes, para empresas e famílias.

1612 - Fato Novo: Busca de solução

As enchentes são capítulo importante na história caiense

Passado o sufoco do momento, o diretor do jornal Fato Novo ligou para o prefeito e disse que era preciso tomar uma providência. Propôs que se fizesse uma grande reunião com participação da população atingida, trazendo técnicos no assunto e autoridades governamentais.
O prefeito aceittou a proposta e ofereceu o Centro de Cultura para sediar o evento, além do transporte para os técnicos convidados. O Fato Novo pesquisou e descobriu os principais estudiosos do assunto e autoridades públicas responsáveis pela área.
O encontro foi realizado no dia 29 de agosto de 2011, com a participação do engenheiro Henrique Wittler (responsável pelas obras que eliminaram o problema das enchentes, em São Leopoldo e o geógrafo Cássio Wollmann (caiense) maior estudioso das enchentes na bacia do rio Caí.
Graças ao empenho do atual vice-prefeito caiense, compareceu ao encontro o secretário de obras do estado, Luis Carlos Busato), seu correligionário no PTB.
Nos debates realizados naquela noite, prevaleceu a convicção de que o primeiro passo a ser dado seria a realização de um estudo amplo das enchentes na bacia do rio Caí.
O secretário Busato falou, na ocasião, que a sua secretaria poderia encaminhar a realização desse estudo. O que deixou a todos muito animados.
Desde então se passaram um ano e meio e se temia que o esforço daquele encontro houvesse sido em vão.

1611 - Uma solução viável

Nas grandes enchentes, milhares de caienses têm suas casas
 invadidas pelas águas e são obrigados a refugiar-se em abrigos
públicos improvisados ou em casas de parentes


O prefeito Darci Lauermmann continuou empenhado na cobrança pela realização do estudo, enquanto que o jornal Fato Novo foi aprofundando pesquisas na busca pela melhor solução para o problema das enchentes no Caí. O engenheiro Wittler foi levado a conhecer melhor a geografia caiense e chegou à conclusão de que a solução para as enchentes no Caí é a construção de um dique. Mesma opinião do geógrafo Wollmann, que conhece a cidade, o rio e as enchentes desde a sua infância.
Os técnicos ficaram mais convictos quanto à possibilidade de construção de um dique no Caí em virtude de uma nova situação surgida na cidade. Devido ao enorme crescimento do trânsito nas pontes estreitas sobre o rio Cai depois do asfaltamento da ERS-124 (estrada do Pareci Novo) as pontes estreitas tornaram-se um problema gravíssimo, assim como o trânsito intenso passando pelo centro da cidade do Caí. A construção de uma nova ponte e o desvio do trânsito para fora da cidade tornaram-se uma necessidade reconhecida pelo DAER.
Daí surgiu a idéia da Estrada/ponte/dique, que o jornal Fato Novo lançou em reportagem de página inteira: a idéia de construção de uma ponte nas imediações da cidade (São Sebastião do Caí), complementada por duas vias de acesso ligando a ponte à RS-122. Essas duas vias, construídas em nível superior ao das enchentes, formariam o dique que protegeria a cidade. Possibilidade considerada totalmente viável, tanto por Wittler quanto por Wollmann. Como a ponte e uma das vias de acesso terão de ser construídas de qualquer forma, a implantação do dique terá custo reduzido.