domingo, 30 de junho de 2013

2245 - Salão de barbeiro era lugar de homem

Antigamente, barbeiro era homem e só atendia homens
Os salões de barbeiro, até a década de 1970, atendiam exclusivamente aos homens. Mulheres só cotavam seus cabelos em cabeleireiras mulheres.
Os primeiros homens cabeleireiros foram, de modo geral, homossexuais assumidos. E foram, na verdade pioneiros, pois foram os primeiros homossexuais a expor a sua condição.
No Caí, o primeiro cabeleireiro a abrir um salão (na rua Maechal Deodoro) foi Jamil, sendo seguido, anos depois, por Renato Balcemão, com salão montado na avenida Osvaldo Aranha.
Atualmente, muitos homens cortam seus cabelos em salões de cabeleireiros gays e as babeaias exclusivamente masculinas se tornaram uma raridade.
Se o preconceito quanto aos gays diminuiu, ainda existe um certo preconceito quanto aos barbeiros héteros, pois não se vê casos de um deles que atenda, também, ao público feminino.
Com isso, o cabeleireiro gay tem vantagem na competição pelo corte de cabelo, já que ele pode atender aos dois públicos: o masculino e o feminino. Enquanto que o cabeleireiro hétero só pode atende aos homens.
A foto mostra o barbeiro Carlos Viana, no seu Salão Azul, situado na rua Ramiro Barcelos, perto da praça, em Montenegro.
Um dado interessante, que mostra uma mudança na sociedade: até quarenta anos atrás, os homens investiam mais na sua aparência do que as mulheres. Os salões de babeiro eram lojas caprichadas. Bem equipadas e, algumas delas, localizadas nos melhores pontos comerciais da cidade. As cabelereiras, via de regra, trabalhavam numa pecinha improvisada, em suas casas.

Foto do acervo de Romélio Oliveira

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