quarta-feira, 31 de julho de 2013

2442 - Cem anos com paz e alegria

Dona Maria Pinheiro vive bem, com a assistência dos filhos
Nem parece que dona Maria já completou cem anos de idade. Com uma lucidez impressionante, ela  mantém um sorriso permanente enquanto conversa com a visita.
Ela vive com seu filho Danilo e a nora Iara Terezinha. Ultimamente, como dona Iara esteve doente, dona Maria foi passar uma tempo na geriátrica Equilibrium, que fica bem perto da casa do filho, no bairro Vila Rica. Um lugar muito agradável, onde ela é bem cuidada e recebe frequentes visitas dos filhos.
Dona Maria nasceu no Caí em 15 de julho de 1913 e passou a maior parte da sua vida no local onde nasceu: a Várzea da Vila Rica.  
Seu nome de solteira era Maria Alves dos Santos. Seus pais se chamavam Adriano e Vicentina. Ela perdeu o pai quando tinha apenas seis anos de idade e a mãe enfrentou muita  dificuldade para criar os cinco filhos.
Dona Maria, ainda criança, foi trabalhar na casa do Doutor Pinheiro, que morava na Estrada Rio Branco (hoje, rua Omiro Ledur). Outros irmãos ficaram com parentes. 
Ela não teve a oportunidade de frequentar a escola. Sabe ler e escrever porque seu pai a ensinou.
Casou cedo, com Valdomiro Nunes Pinheiro, que faleceu em 1985. Valdomiro era também da Várzea da Vila Rica e foi lá que o casal viveu, por muitos anos, trabalhando na roça e, principalmente,  com a produção de leite.
O casal tinha em torno de 12 a 15 vacas, que produziam o leite para vender em residências do centro da cidade. A freguesia era boa. Entre 35 a 40 famílias. Faziam parte da clientela Aldino Selbach, Dalila Masson, Oscar Müller, o padeiro Schefmacher, Arno Kusminski, Mauro Selbach, entre outros.
No inverno, quando a produção de leite diminuía, o casal comprava leite dos vizinhos, para não deixar a freguesia em falta. Os filhos pequenos ajudavam na entrega.
Foi assim até que surgiu o leite pasteurizado. A partir dali, seu Valdomiro e dona Maria passaram a vender o leite para a beneficiadora de leite Bennemann, da Feliz.
Morando na várzea, o casal sofria com as enchentes. Muitas vezes, para não falhar na entrega do leite, seu Valdomiro tinha de levar os filhos (entregadores) de caíco até a cidade.
Ela tem cinco filhos: João Pedro, Celina Ternes e Celíria Dávila. Teve outros dois, já falecidos. Seus netos Daniel, Eduardo e João Batista, filhos de João Pedro, são os donos da Mecânica Pinheiro, no bairro Vila Rica.
Quando mais velhos, já aposentados, seu Valdomiro e dona Maria foram morar numa casa ao lado da de seu filho Danilo. Em 1985, seu Valdomiro morreu.

Matéria publicada no jornal Fato Novo, em 31 de julho de 2013

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