quarta-feira, 31 de julho de 2013

2444 - A estrada Rio Branco passava pelo povoado de Santa Catharina da Feliz

O vilarejo de Feliz tinha muito poucas construções
A estrada Rio Branco foi construída no século XIX, para servir de base para a colonização da região serrana. Ela ia do porto de São Sebastião  do Caí até Caxias do Sul e, já no século XX, foi prolongada até Vacaria.
Na localidade de Feliz, havia o ponto de travessia do rio Caí. Até 1900, ela ocorria no Passo da Boa Esperança. De 1900 em diante, na ponte de ferro, que ainda hoje existe e é utilizada.
Essa foto deve ser dos meados do século XX.  
Ela foi feita no bairro Matiel e a igreja é ade Santa Catarina, no centro de Feliz. Em torno dela não se vê construções, o que sugere a ideia de que a década possa ser 1930 ou algo em torno disso.
Além da igreja, avistamos o Morro das Batatas com a estrada, continuação da rua Santa Catarina, além do ponto em que se encontra o Hospial Schlatter. Na época dessa foto, o hospital já existia, provavelmente. Ou, pelo menos, o antigo armazém que o Doutor Gabriel comprou para nele instalar o seu hospital.
A Estrada Rio Branco, depois do rio, não sobia o morro. Depois do paço, ou da ponte, ela dobrava à direita, acompanhando a margem do rio (o traçado da atual avenida Voluntários da Pátria),
O trecho da antiga estrada que aparece na foto acima é hoje chamada de Estrada Júlio de Castilhos. Numa foto feita do mesmo lugar, atualmente, a igreja não seria visível. Os campos que predominavam no Matiel daquela época hoje estão urbanizados e as construções impedem a visão  da igreja. Mas não só as construções. Singularmente, apesar da urbanização, as margens da estrada estão muito mais arborizadas do que na época da foto.
Esta é uma situação observada em muitos outros lugares. Há cem anos, o solo da região era tomado de campos para criação de gado e por roças.  A região foi, em certos períodos, a principal produtora nacional de feijão, banha (que exigia o intenso plantio de milho e mandioca) e alfafa. 
Hoje, no Vale do Caí, existe mais mata nativa do que naquela época.

Foto do acervo  deixado por Izidoro Roque Gauer, 
disponibilizada no Facebook de Haiderose Gauer






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