Produtores de frutas do Caí, Montenegro e outros municípios ribeirinhos abasteciam a população de Porto Alegre com produtos coloniais, inclusive frutas.
Como, naquela época (até a década de 1930), não haviam estradas viáveis para o transporte até Porto Alegre, a solução era levar os produtos até lá através do rio, em gasolinas, lanchões ou canoas. Na volta, os barcos não motorizados pagavam para pegar carona em algum vapor ou gasolina e vinham a reboque.
A volta da doca
28 de outubro de 2011
Antes de Porto Alegre ser apartada do seu querido - porém maltratado - Guaíba pelo muro da Avenida Mauá, a doca do armazém B3 era muito frequentada e fazia parte do dia a dia dos moradores da Capital - e também dos que habitavam as cidades que ficam às margens dos rios que compõem o delta do Jacuí.
Era dali que saíam os barcos de passeio e excursões. Era ali que chegavam as embarcações repletas de laranjas e bergamotas vindas da região do Taquari. Quem comprava em quantidade conseguia preços vantajosos, e muitos cruzavam a cidade para adquirir as frutas.
A doca por outro ângulo, com o antigo prédio da Secretaria da Educação em destaque. Foto: José Abraham, acervo de Alfonso Abraham.
Um faquir chamado Silk, certa feita, fez da doca o palco de demonstração da sua habilidade. Mergulhou acorrentado dentro de um saco e, minutos depois, veio à tona para alívio geral dos espectadores.
A partir de hoje, com a inauguração da linha de catamarãs entre Guaíba e Porto Alegre, a doca do armazém B3, onde fica o terminal, poderá reviver, quem sabe, seus movimentados dias do passado.
Acervo do site Fotos Antigas RS |
Nenhum comentário:
Postar um comentário