sábado, 3 de agosto de 2013

2452 - Nilson Peters: o caiense que jogou num dos maiores times do Grêmio

Nilson foi o maior craque revelado pelo Esporte Clube Rio Branco







A contratação de Nilson fez muito bem para o Grêmio e, pelo que se
deduz dessa reportagem, foi um desastre para o seu clube anterior
O futebol caiense tem muita tradição no e seus clubes formaram jogadores que se destacaram no futebol gaúcho e nacional.
Entre os clubes, o mais tradicional de todos é o Esporte Clube Rio Branco, que vai completar o seu centenário no dia 13 de maio do próximo ano.
E foi neste clube que se revelou um dos maiores craques do futebol caiense. Seu nome é João Nilson Peters.  O Nilson que jogou no grande time do Grêmio, campeão gaúcho de 1956.
João Nilson, mais conhecido como Nilson, tinha dois irmãos, José Milton, o Brotinho, e Paulo Ildon, o Mugica, que, assim como ele, se tornaram profissionais do futebol. Os três brilharam no time do Rio Branco despertando a atenção dos olheiros da época.
Nilson nasceu em 21 de julho de 1933 e era ótimo lateral, atuando tanto pela direita como pela esquerda.
No Caí, além do time do seu bairro, ele jogou pelo Riachuelo. Em 1955, foi contratado pelo Esperança, de Hamburgo Velho, onde destacou-se tanto que, no ano seguinte, estava no Grêmio e foi campeão gaúcho. Para o Esperança, foi uma grande perda, pelo que se pode deduzir da goleada espetacular sofrida pelo time hamburguense em agosto de 1955, depois da sua ida para o Grêmio.
Jogavam naquele time Sérgio Moacir Torres Nunes, Airton, Figueiró, Ênio Rodrigues, Hercílio, Calvet, Milton, Gessi, Juarez e Vieira.
Numa excursão do Grêmio ao Paraná, ele teve participação destacada, que lhe garantiu a titularidade naquele time de grandes craques.
No ano seguinte, passou a jogar no Juventude, de Caxias do Sul e lá ficou até 1963, quando transferiu-se para o Floriano, (o atual Novo Hamburgo).
Ainda nesse time, ele jogou contra a seleção uruguaia, a famosa Celeste Olímpica, em jogo disputado no Uruguai. O jogo foi preparatório para a participação uruguaia na Copa do Mundo de 1966.
Em 1964, com 31 anos, ele encerrou a sua carreira profissional jogando pelo Grêmio Santanense, de Santana do Livramento.
Entre os técnicos que o orientaram, estão Oswaldo Rolla (o Foguinho) e Carlos Froener.
Na sua época, a função dos laterais era eminentemente defensiva e ele marcou poucos gols. Mas foi muito marcante, para ele, um gol que marcou de pênalty, num jogo pelo Juventude contra o Floriano.
Depois de encerrar a sua carreira profissional, Nilson passou a trabalhar no setor administrativo da empresa Zivi-Hercules, em Porto Alegre.
Aos 80 anos, completados recentemente, ele vive com a esposa Marisa numa confortável residência, em Porto Alegre.
Nilson era filho de Acylo Peters, que foi bom jogador de futebol e presidente do Esporte Clube Rio Branco. O clube o homenageou dando o nome de Eduardo Acylo Peters ao seu estádio. 
PESQUISADOR DO FUTEBOL
Esta pesquisa foi realizada por Iraní Rudolfo Lösch, que vem realizando um extraordinário levantamento histórico sobre o futebol do Caí e região.
Ele prepara um grande  trabalho para comemorar os 100 anos de história do Esporte Clube Rio Branco.

Matéria a ser publicada no Fato Novo em 7 de agosto de 2013

Nenhum comentário:

Postar um comentário