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O fabricante de órgãos João Edmundo Bohn era pai de Arno Adalberto Bohn (ao centro, na foto), um dos integrantes do Trio Montecarlo |
João Edmundo Bohn foi um
autodidata, com uma profunda sensibilidade artística e criativa. Ainda jovem,
ajudou um técnico alemão a montar um harmônio que a igreja de Bom Princípio
importara da Alemanha. Ficou fascinado e assumiu o desafio de construir um
harmônio, a partir de uma caixa de querosene e com palhetas de gaitas antigas.
Obteve a sonoridade desejada e o experimento deu certo. Mas, ele almejava vôos
mais altos e passou a aprofundar seus estudos. Em 1925 fundou, em Pareci Novo. a
primeira fábrica de harmônios do Rio Grande do Sul, que passou a levar a marca
“BOHN”. Já em 1928 conquistava a Medalha de Ouro numa exposição em Porto Alegre.
Conquistou o Grande Prêmio e Medalha de Ouro na exposição de
Porto Alegre de 1931; o Primeiro Prêmio e Medalha de Ouro na exposição de
Montenegro e a Grande Medalha de Ouro na Exposição de São Paulo em 1933.
Em 1928 estudou e iniciou uma nova
fase de experimentos com órgãos de tubos, também com êxito. O primeiro foi
inaugurado em 1930 em Pareci Novo. Um
grande incêndio destruiu a fábrica e a residência em 1932. Mas, Bohn, auxiliado
pela esposa Mathilde Zimmer, com coragem e tenacidade reergueu a fábrica. Em 1933, a convite do
Prefeito, instalou sua fábrica em Novo Hamburgo , iniciando uma nova fase de
florescimento de sua indústria. Foi o primeiro construtor de órgãos de tubos de
tração pneumática do Brasil e da América do Sul. E também foi pioneiro na
construção de órgãos e harmônios, inteiramente nacionais. Em 1956 o filho Arno
Adalberto deu início à fabricação de órgãos eletrônicos, tornando-se
independente em 1964, com a marca “ARBON”.
Texto de Décio Aloísio Schauren, publicado no seu livro A BUSCA DAS ORIGENS: história e genealogia
da família Schauren.
Editora Oikos, São
Leopoldo, 2011, página 419
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