3164 - LP com músicas natalinas foi um dos maiores sucessos da carreira do Trio Montecarlo

O LP número 10, com músicas natalinas, fez sucesso no Brasil e no exterior

Não havia descanso! Os discos do Trio Montecarlo vendiam bem e a gravadora solicitava a gravação de mais discos.

O LP número 9 foi gravado no início de 1968 e, logo após, o trio foi solicitado a gravar um novo LP de Natal. 

Para completar as doze faixas, Egon Schaeffer compôs duas músicas e, numa delas, ele toca guitarra havaiana. Os amigos mais chegados não estranharam. Sabiam que ele se dava bem com qualquer instrumento de cordas.

A empresa gravadora pagava as despesas de viagem e cobria a estada no hotel, em São Paulo. As gravações duravam, em média, uma semana por motivos diversos. Ao. s gravações aconteciam nos melhores estúdios de São Paulo, dependendo da disponibilidade do momento. Desta vez o LP foi gravado na Musidisc. 

O contrabaixista era conhecido pelo apelido de Boneca. O órgão um majestoso Hamond (a marca mais prestigiada da época) era tocado por Carlos Maffazioli. E junto com Egon, havia um outro guitarrista qualificado. Ângelo Apolônio, o famoso Poly. 

Egon conversou longo tempo com esse genial músico, que tocava sete instrumentos de cordas, e dele recebeu o elogio por dedicar-se ao instrumento que era do seu gosto, a guitarra havaiana. Na época, a guitarra havaiana fazia sucesso no Brasil e Poly era o músico que mais se destacava na execução desse instrumento.

O mais lamentável foi que, uma semana depois da gravação Poly, perdeu o filho num acidente de automóvel. Poly era padrinho de Olmir Stocker que atuou no conjunto liderado pelo caiense Breno Sauer. 

O disco natalino fez um tremendo sucesso e chegou, inclusive a outros países. Com isso o faturamento do trio com esse disco quase igualou ao do LP  FLIEGE MIT MIR IN HEIMAT, que vendeu meio milhão de discos.

Arno Bohn ficou eufórico pois, com esse dinheiro ele teve condições de comprar um prédio situado na frente da sua casa, para ali instalar a fábrica de órgãos eletrônicos ARBON, de sua propriedade. 

O final do ano de 1968 foi muito comemorado com mais um êxito do Trio Montecarlo. Ninguém poderia imaginar, naquele momento, o conjunto de problemas que viriam a causar a dissolução do conjunto em bem pouco tempo.

Foto do acervo de Egon Arnoni Schaeffer