sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

3267 - Barcos movidos a vara


Barcos semelhantes a esse eram usados no rio Caí,
onde eram chamados de gasolina





Na localidade chamada Matiel - situada em frente ao rio Caí, do outro lado do rio - algumas pessoas possuíam gasolinas e se dedicavam ao comércio de frutas cítricas e outros produtos coloniais. Eles compravam os produtos dos colonos e os transportavam até Porto Alegre nos seus barcos, revendendo por um preço mais alto aos comerciantes portoalegrenses.
Os irmãos Jacob Walter Fuchs e Arno Alfredo Fuchs eram sócios numa gasolina chamada Castor que, mais tarde, teve o seu nome mudado para Castanino.
Também no Matiel, os irmãos Arbo e Avelino Hoerlle possuíam suas gasolinas. Arbo era dono da Floresta e Avelino da Urna. 
O pai dos irmãos Hoerlle chamava-se Fernando e também possuía barco. Assim como o pai de Jacob e Arno Fuchs, que se chamava Carlos Fuchs. Esses também se dedicaram à navegação, mas os seus barcos eram menores e não eram motorizados. Eles eram movidos a vara. Ou seja: eram impulsionados pela força humana, tal como acontece nos barcos a remo. Seus condutores usavam varas  compridas cuja ponta encostava no fundo do rio ou nos barrancos, possibilitando ao condutor empurrar o barco.
Carlos Fuchs e Fernando Hoerlle desciam o rio, até Porto Alegre usando a força dos seus braços. Na volta, geralmente, eram rebocados por um vapor, pagando pelo serviço ao dono do vapor. Em situações especiais, porém, eles chegaram a subir o rio, de Porto Alegre até o Caí, usando a propulsão a vara.

Informações colhidas de Haroldo Hoerlle

Um comentário:

  1. Ola Renato! gostei muito do trabalho que tu tens feito por aqui, parabens! se souber de alguma coisa sobre a familia diesel da regiao do cai por volta de 1900 seria um sonho! abracao!

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